A Fiat anunciou que vai conceder 10 dias de férias coletivas para cerca de 1.900 funcionários que trabalham no segundo turno do Polo Automotivo Fiat, de Betim, em Minas Gerais. De acordo com a montadora, a paralisação tem como motivo a falta de peças que fez com que outras montadoras interrompessem sua produção nos meses de fevereiro e março.

O problema da falta de insumos tem afetado as linhas de produção de automóveis e caminhões desde o ano passado e pode ampliar a falta de veículos. A linha de montagem do compacto da General Motors segue interrompida em Gravataí (RS), e a fabricação só deve ser plenamente retomada em julho.

A Volkswagen e a Scania também já tinham anunciado a paralisação da produção nas fábricas do ABC paulista. E a alemã Mercedes-Benz deu férias coletivas e paralisou temporariamente a fabricação de veículos nas fábricas de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e em Juiz de Fora, Minas Gerais, por conta da pandemia de Covid-19. Em Curitiba, a Volvo reduziu a produção de caminhões por poucos dias no fim de março, mas os volumes foram regularizados na semana passada.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no dia 31 de março, 14 montadoras paralisaram a produção, total ou parcialmente, atingindo 30 fábricas e 65 mil funcionários em seis estados. Na primeira semana de abril, cinco empresas e 10 plantas permaneceram com linhas de montagem interrompidas.

Após períodos de paralisação no primeiro bimestre devido ao agravamento da pandemia no Amazonas, as linhas de montagem do Polo Industrial de Manaus retomaram a produção de motocicletas em março.