EUA volta à OMS após Biden pôr fim à sabotagem de Trump
Biden ordenou a volta dos EUA à Organização Mundial de Saúde (OMS), da qual Trump iniciara a retirada para arrumar um bode expiatório por seu catastrófico manejo da pandemia, que tornou os EUA, com 4% da população do planeta, em recordista mundial de mortos e casos – cerca de 20% do total.
O novo presidente também revogou o veto migratório a viajantes de países islâmicos e paralisou a construção do muro na fronteira com o México, através do fim do estado de emergência nacional que concedia fundos para a obra.
A remoção da terra arrasada deixada por Trump prosseguiu com a ordem executiva de Biden para a volta dos EUA ao Acordo do Clima de Paris, que deverá estar completa em 30 dias.
Ordem executiva de Biden tornou obrigatório o uso de máscaras faciais nos prédios federais e por funcionários federais, questão que, ao longo de um ano o antecessor sabotou abertamente, a ponto de se tornar quase um símbolo de quem atendia à ciência – caso dos que usavam a proteção, ou de negacionismo, quando trumpistas.
Na frente econômica, Biden pediu aos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA que prorrogassem a moratória sobre despejos até o final de março, e ao Departamento de Educação que suspendesse os pagamentos de empréstimos estudantis até o final de setembro.
Ainda na área ambiental, Biden cancelou a licença para construção do poluente oleoduto Keystone XL, razão de enormes protestos nos últimos anos, reinstalou uma moratória a atividades de exploração de óleo e gás no Refúgio Nacional de Vida Selvagem no Ártico e ordenou uma ampla revisão das medidas de Trump relacionadas à proteção da natureza e controle da emissão de poluentes.
Aos repórteres, Biden disse que, na situação em que o país se encontra, “não há tempo a perder”. Ele acrescentou que essas ações executivas “vão ajudar a mudar o curso da crise da Covid, a combater a mudança climática de uma forma que não fizemos até agora e avançar a equidade racial e o apoio às comunidades carentes”.
Biden também enviou ao novo Congresso um projeto de lei para abrir caminho para a legalização dos 11 milhões de imigrantes ilegais nos EUA. O O presidente nomeou uma nova comissão para coordenar o combate à Covid, cuja principal tarefa no momento é concretizar a aplicação de 100 milhões de doses de vacina nos 100 primeiros dias, e pediu pressa ao Congresso para aprovar o pacote de socorro à saúde, famílias e estados, de US$ 1,9 bilhão.
A volta dos EUA ao Acordo do Clima de Paris foi comemorada em mensagem do presidente francês Emmanuel Macron. “Seremos mais fortes para enfrentar os desafios de nosso tempo. Mais fortes para construir nosso futuro. Mais fortes para proteger nosso planeta. Bem-vindos de volta ao Acordo de Paris”. O líder francês expressou votos de “muitas felicidades neste dia tão significativo para o povo americano”.
Segundo a CNN, com essas 17 ordens executivas assinadas apenas nas primeiras horas de mandato, Biden está se movendo “mais rápida e agressivamente para desmantelar o legado de seu antecessor do que qualquer outro presidente moderno”.