Nikolas Cruz, ex-aluno, expulso por razões disciplinares, usou fuzil AR-15 para perpetrar o massacre

Nikolas Cruz, autor do massacre que deixou 17 estudantes e professores mortos na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida, em 2018, se declarou culpado pelos assassinatos nesta quarta-feira (20).

Em 14 de fevereiro de 2018, então com 19 anos, o ex-aluno – que havia sido expulso por razões disciplinares – abriu fogo indiscriminadamente com um fuzil AR-15 durante cerca de 10 minutos dentro da escola.

Neste curto período, Cruz ativou o alarme de incêndio para remover as pessoas das aulas e aumentar o número de mortos. Ele vagou pelos corredores e teve como alvo quem se amontoava no primeiro e segundo andares antes de deixar o local às pressas, no meio da multidão, sem ser descoberto de imediato.

Agora com 23 anos, o assassino falou em uma audiência da Justiça com a presença de vários parentes das vítimas, que reagiam perplexos e emocionados às respostas dadas pelo jovem à juíza Elizbeth Scherer, que questionou sua capacidade mental.

Um julgamento com o intuito de definir a pena determinará se Cruz receberá a pena de morte ou a prisão perpétua. Os jurados deverão ser selecionados no mês de novembro, com a expectativa de que os depoimentos ocorram a partir de janeiro.

Ao mesmo tempo em que muitos pais balançavam a cabeça, Cruz se desculpou dizendo: “Sinto muito pelo que fiz, às vezes não consigo viver comigo mesmo”. O assassino acrescentou que gostaria que dependesse dos sobreviventes determinar a sua pena, se vai viver ou morrer.

O Massacre de Parkland está entre os 10 tiroteios em massa mais mortíferos da história americana e reforça um gigantesco movimento de protesto nacional contra a violência armada nas escolas americanas.