Os repasses para o programa de habitação Minha Casa Minha Vida (MCMV) pagar as construtoras continuam com atrasos, denunciam entidades que representam o setor da Construção Civil.

Os repasses para o programa de habitação Minha Casa Minha Vida (MCMV) pagar as construtoras continuam com atrasos, denunciam entidades que representam o setor da Construção Civil.
“Não sentimos nenhum movimento concreto do governo em relação ao início dos repasses. Com isso, as empresas estão sofrendo com os atrasos sistemáticos que demonstram a falta de prioridade do governo em resolver a questão de forma efetiva”, afirma o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Ronaldo Cury.
A Câmara Brasileira da Indústria e Habitação (CBICi) contabiliza ao menos 60 dias de atraso na liberação do dinheiro. De acordo com a entidade há atraso no repasse de cerca de R$ 500 milhões, que atingem 512 empresas e 200 mil trabalhadores, responsáveis pelas obras em andamento de 900 empreendimentos de habitação.
Os sistemáticos atrasos dos repasses para o andamento do programa de habitação também estão sendo alvos de críticas de lideranças de partidos na Câmara dos Deputados, e já há cobrança pela demissão do ministro Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.
No início deste mês, Gustavo Canuto foi à casa do presidente da Câmara para discutir o assunto com Rodrigo Maia (DEM-RJ) e outras liderança de outros partidos.
“Ninguém está pedindo a cabeça do ministro. A gente não quer cargo no ministério, indicação de ninguém. Nada disso. O que a gente quer é garantir recursos e os empregos nos nossos estados”, disse o líder do PP, Arthur Lira (AL), que afirmou ainda que os parlamentares ofereceram “ajuda para negociar e brigar com a [pasta] da Economia para conseguir os recursos prometidos. Se o ministro não quiser brigar pelos recursos da pasta que ele comanda, a gente vai brigar sozinho”, disse Lira.
Na avaliação de outras lideranças, a cabeça do ministro poderá rolar, caso os valores não sejam liberados. “A impressão que dá é de que ou não sabe administrar o ministério ou só tem apego ao cargo e ao salário”, disse uma parlamentar ao UOL, que pediu para não se identificar.