O deputado Eduardo Bolsonaro (sem partido) resolveu piorar ainda mais a situação econômica
do país agredindo gratuitamente a China, disparado o maior parceiro comercial brasileiro,
acusando irresponsavelmente o país asiático de ser o responsável pela pandemia do
coronavírus.
A vasta expertise internacional do parlamentar, adquirida no período em que ele fritava
hambúrgueres em Maine, Estado que faz divisa com o Canadá, durante o intercâmbio que fez
nos Estados Unidos, é o que norteia toda a blandícia que ele está fazendo com os chineses.
A embaixada da China acertou na mosca ao responder à provocação do “zero três” de
Bolsonaro.
“Aconselhamos que não corra para ser o porta-voz dos EUA no Brasil, sob a pena de tropeçar
feio”, afirmou a representação diplomática chinesa.
“As suas palavras são extremamente irresponsáveis e nos soam familiares. Não deixam de ser
uma imitação dos seus queridos amigos. Ao voltar de Miami, contraiu, infelizmente, vírus
mental que está infectando a amizade entre os nossos povos”, acrescentou a representação
chinesa.
Eduardo era o nome de Jair Bolsonaro para ocupar a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
Sua arrogância, inexperiência e, principalmente, a sua estupidez obrigaram o “mito” a desistir
da triste empreitada. Era mais fácil um camelo passar no buraco da agulha do que o Senado
aprovar o “zero três” para embaixador nos EUA.
Derrotado no pleito da embaixada, ele partiu para outra disputa. Abriu uma briga de foice pelo
controle do fundo partidário do PSL, afinal, ninguém é de ferro. Perdeu mais essa batalha. Foi
destronado por Luciano Bivar, dono do cofre do partido. Acabou sendo defenestrado da
liderança do partido e, depois, do próprio partido. Uma trajetória e tanto.

Agora, o “rapaz de sucesso” resolveu assumir a função de moleque de recado de Donald
Trump. Até campanha para o republicano o deputado faz.
Por isso os chineses disseram que suas palavras eram familiares. Ele voltou da viagem aos
Estados Unidos e repetiu aqui a mesma frase do presidente americano. O norte-americano –
que vem chamando o novo coronavírus de “vírus chinês” – tem adotado postura crítica ao
presidente da China, Xi Jinping, após uma troca de acusações sobre quem teria iniciado a
pandemia.
Por isso os chineses acharam que Eduardo Bolsonaro voltou dos EUA infectado com um “vírus
mental”. Neste ponto, eles estão errados. Eduardo já tem virose mental há algum tempo. Ele
pode ter tido uma nova recaída.
“Lamentavelmente você é uma pessoa sem visão internacional, nem senso comum, sem
conhecer a China, nem o mundo”, acrescentou a representação diplomática.
A Embaixada também replicou uma série de mensagens do embaixador chinês no Brasil, Yang
Wanming, contra as aleivosias de Eduardo Bolsonaro. O diplomata afirmou que exigiu que o
deputado “retire imediatamente” as palavras e “peça desculpas ao povo chinês”.
“As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês. Tal atitude flagrante
anti-China não condiz com o seu estatuto como deputado federal, nem a sua qualidade como
uma figura pública especial”, escreveu. “Além disso, vão ferir a relação amistosa China-Brasil.
Precisa assumir todas as suas consequências”, completou o embaixador.
A venda de produtos brasileiros para a China, Hong Kong e Macau somaram US$ 4,724 bilhões
em fevereiro, alta de 20,9% na comparação com o mesmo mês de 2019, informou o Ministério
da Economia em 2 de março. O Brasil tem um superávit comercial de US$ 30 bilhões com a
China. exporta US$ 60 bilhões e compra US$ 30 bilhões.