O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou queda de 0,4% em outubro na comparação com setembro, com ajuste sazonal, segundo divulgou o BC nesta quarta-feira (15). É a quarta queda mensal seguida.

Considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), o índice já sinaliza para um quarto trimestre do ano também no vermelho, seguido dos resultados negativos verificados nos segundo (-0,4%) e terceiro (-0,1%) trimestres, segundo os dados oficiais do PIB divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com outubro do ano passado, o indicador recuou 1,48%.

Os dados são dramáticos diante da corrida frenética da inflação e dos juros do BC, com aval do governo Bolsonaro, que arrocham os investimentos e o consumo das famílias em uma economia em recessão, com desemprego elevado e renda desabando.

Em outubro, a produção industrial brasileira retraiu -0,6%, as vendas do comércio varejista restritos recuaram -0,1%, ambos setores com sequências de perdas a cada mês, as vendas do comércio varejista ampliado – que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção – tombaram -0,9% e o setor de serviços, que maior peso tem no PIB, caiu -1,2%.

A inflação atingiu o patamar de 10,74% em novembro e a taxa Selic alcançou o patamar de 9,25% ao ano, após sete altas seguidas. Esse é a “coisa certa” que Paulo Guedes, ministro da Economia, disse que está fazendo: aumentando os juros, a inflação, o endividamento das famílias e das micro e pequenas empresas, a fome, a miséria e afundando a economia do país.

O IBC-Br é calculado mensalmente pelo BC com metodologia de cálculo distinta das Contas Nacionais divulgadas pelo IBGE, que traz os dados mais completos sobre a situação econômica, a cada trimestre e ao final de um ano, com o resultado de todos os bens e serviços finais produzidos pelo país.