Na tarde desta segunda-feira (5), foi realizada a sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos, a líder do PCdoB no Senado, Vanessa Grazziotin (AM) a classificou como “pouco participativa”, mas segundo ela, não poderia ser uma situação diferente diante de um presidente que não tem sequer o respeito da Nação brasileira, com baixíssimos índices de aprovação.

A senadora usou a tribuna para criticar a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Temer. Para ela, é preciso saber quem está com o povo ou com Temer. “No futuro próximo, ela [reforma da Previdência] continuará dentro da gaveta porque não vejo os deputados votando essa reforma agora, não porque são contra, pelo contrário, eles vão votar a favor quando acabar as eleições, não vão votar agora porque tem medo de perder o voto do povo. Mas, a população precisa saber quais são os partidos que estão ao lado de Temer, quem são os parlamentares que estão querendo enganar a população”.

Vanessa criticou a quebra da tradição do chefe do Executivo abrir a sessão com uma mensagem ao Legislativo. “Michel Temer é um presidente ilegítimo que não tem condições políticas de fazer a abertura do ano legislativo e mandou no seu lugar Eliseu Lemos Padilha, ministro da Casa Civil, que responde a processos”, explicou Vanessa.

De acordo com a senadora, a sessão foi aberta com a leitura da mensagem de Temer, no qual ele classificava o ano de 2017 como positivo. Para Vanessa, foi positivo apenas para Michel Temer que escapou de duas denúncias por obstrução da Justiça e organização criminosa.

“O ano de 2017 não foi positivo para a população brasileira (…) [Temer] Disse que a sua política está recuperando os empregos? Isso é mentira! O que está acontecendo é que a população brasileira são trabalhadores e estão arrumando ocupações para poder sustentar suas famílias, abrindo carrinhos para vender comida nas ruas, fazendo cachorro quente e pipoca. O povo está se ocupando porque não estão conseguindo emprego com carteira assinada, pelo contrário, as pessoas que tem registro na carteira de trabalho, estão perdendo seus empregos e sendo substituídos em vagas precárias, criadas com a nova legislação trabalhista.”, lamentou a senadora.

Na opinião de Vanessa, foi um petulância do governo coroar a sessão de abertura ao falar da necessidade e da urgência da aprovação da reforma da Previdência e dizendo que não vai atingir os trabalhadores. “É mentira, essa reforma atinge exatamente essas pessoas. Atinge as mulheres que conseguiram com muita luta ao longo dos anos, ter o direito de se aposentar cinco anos antes dos homens, como reconhecimento da tripla jornada de trabalho, e eles querem acabar com isso porque consideram privilégio”.

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