É deplorável o desrespeito de Bolsonaro com a democracia, diz Luciana
O mais novo ataque do presidente Jair Bolsonaro às instituições da República gerou o repúdio dos que defendem a democracia e a Constituição contra arroubos autoritários. Uma dessas reações veio da presidenta do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, após Bolsonaro ingressar, no Senado, com pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, na última sexta-feira (20).
“O pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre Moraes, apresentado ao Senado, é mais um capítulo deplorável da história de desrespeitos à democracia e à Constituição que o presidente Bolsonaro tem escrito desde a sua posse”, declarou Luciana por meio de suas redes sociais.
A dirigente destacou ainda que “é revoltante ver o Brasil em meio a uma de suas maiores crises e o presidente se esquivando de suas responsabilidades com a saúde pública, a economia e o bem-estar da população, para seguir focado em criar factoides para alimentar sua base que, por sinal, está cada vez menor”.
Na história da República brasileira, esta é a primeira vez que um presidente pede o afastamento de um ministro do STF. Bolsonaro também sinalizou com a intenção de apresentar pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nota dos partidos
Como presidenta do PCdoB, Luciana e demais dirigentes de outros partidos — PDT, PT, PSB, Cidadania, Rede e PV — divulgaram, neste domingo (22), nota em que defendem a democracia e o STF contra ataques de Bolsonaro. Diz o texto: “a República se sustenta em três Poderes independentes e harmônicos entre si. É preciso respeitar cada um deles em sua independência, sem intromissão, arroubos autoritários ou antidemocráticos. Há remédios constitucionais para todos os males da democracia”.
O documento ressalta que “o Brasil vive um momento de grave crise econômica e sanitária. Em meio à tragédia da Covid, que já conta o maior número de mortos da história recente, a população enfrenta o desemprego, a inflação galopante e a fome, sob risco de um apagão energético e crescente desconfiança dos agentes econômicos”.
Leia aqui a íntegra da nota dos partidos.
Por Priscila Lobregatte