O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), rebateu, via redes sociais, nesta sexta-feira (21), comentário preconceituoso feito por Bolsonaro, que chamou o governador de “gordinho ditador” e disse que o Estado seria “libertado da praga” do comunismo, durante cerimônia na região. Dino também falou sobre o envio, pela China, do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a fabricação de vacinas contra a Covid-19 e sobre os entraves e omissões de Bolsonaro e de seu governo que têm dificultado o combate à pandemia no país.

“Bolsonaro anda preocupado com o meu peso, algo bem estranho e dispensável. Tenho ótima saúde física e mental. E estou ocupado com vacinas, pessoas doentes, medidas sociais, coisas sérias. Trabalho muito. Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público”, disparou o governador.

Com relação ao envio do IFA, Flávio Dino destacou: “Esse é o maior problema do Brasil no momento. Eu e mais três colegas governadores conversamos ontem (20) com o embaixador da China, que nos garantiu insumos para mais 16 milhões de doses. Importante que Bolsonaro pare de atrapalhar, abandonando bravatas do cercadinho e trabalhando”.

O governador disse, ainda, que aguarda mudanças no Plano Nacional de Imunização para os próximos dias. “O secretário Carlos Lula está dialogando com o ministério da Saúde e encaminhou sugestões”, explicou.

Em outra postagem, sem fazer referência direta, Flávio Dino citou o teólogo Leonardo Boff: “‘Santo Agostinho explica a etimologia: corrupção é ter um coração (cor) rompido (ruptus) e pervertido’. Lição para os omissos, negligentes, incompetentes, que têm suas digitais em centenas de milhares de mortes. E ainda insistem no caminho do mal”.

 

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Por Priscila Lobregatte