Desmatamento e Queimdas 2020 RONDONIA 07 08 2020 Imagem aérea de queimada próxima à Flona do Jacundá, em Rondônia (Foto Bruno Kelly/Amazônia Real/07/08/2020)

Dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostram que, em novembro, o desmatamento na Amazônia alcançou o mais alto nível dos últimos dez anos. A Amazônia perdeu 484 km² de floresta só no mês, um aumento de 23%, maior índice registrado no mês de novembro em dez anos.

O estado do Pará concentrou quase metade da área desmatada, com 48% do total. Os municípios paraenses que ocupam o topo do ranking dos municípios que mais registraram desmatamento territorial foram São Félix do Xingu, Pacajá e Altamira.

Mato Grosso, com 19%, é o segundo estado com o maior desmatamento registrado, seguido de Rondônia (10%), Maranhão (9%), Amazonas (8%), Acre (3%), Roraima (2%) e Amapá (1%).

Ainda de acordo com o Imazon, a degradação na região amazônica cresceu 114% com 1.206 km² de mata devastada. Os incêndios florestais estão entre os fatores que geraram impactos para a região. O instituto afirma que as queimadas podem ser fruto de incêndios descontrolados em áreas privadas, para limpeza de pastos, mas que saem do controle e atingem as florestas.

O monitoramento da Amazônia pelo Sistema de Alerta de Desmatamento é feito por imagens de satélite. O levantamento é diferente do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), mas ambos emitem alertas para auxiliar a fiscalização.