População nas ruas de Cuiabá após reabertura do comércio.

Em plena pandemia, mais de 40 milhões de brasileiros gostariam de trabalhar mas não encontram trabalho, apontam dados da Pnad Covid-19, divulgados, nesta sexta-feira (7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Compõem esse contingente, 12,4 milhões de pessoas desempregadas e outros 28 milhões de brasileiros fora de força de trabalho, mas que gostariam de trabalhar. Os dados foram coletados entre 12 e 18 de julho.

Na crise sanitária da Covid-19, onde as medidas do governo federal foram insuficientes para amenizar os efeitos da pandemia sobre economia, o número de desempregados na semana entre os dias 12 e 18 de julho subiu para 12,4 milhões na comparação com a semana anterior, quando se registrou 12,2 milhões. “Com isso, a taxa de desocupação ficou em 13,1%, a mesma da semana anterior (13,1%) e bem acima da taxa registrada na primeira semana de maio (10,5%)”, diz a nota do instituto.

A população fora da força de trabalho, que não estava trabalhando nem procurava por trabalho, ficou em 76,2 milhões de pessoas. Deste contingente de brasileiros, cerca de 28,0 milhões de pessoas, ou 36,7% da população fora da força de trabalho, disseram que gostariam de trabalhar. “Esse contingente ficou estável em relação à semana anterior (28,3 milhões ou 36,7%) e aumentou frente à semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%)”, constatou a IBGE.

De acordo com o instituto, cerca de 18,6 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. O IBGE apontou que na semana da pesquisa cerca de 13,8 milhões de pessoas, ou 6,5% da população do país, apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à Covid-19.