Desemprego bate novo recorde e atinge 14,3 milhões de brasileiros
O número de desempregados no Brasil continua aumentando. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (31), apontam que 14,3 milhões de brasileiros estão nessa condição.
Para o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), o Brasil, que já foi visto como o “país do futuro” virou um país “de números desastrosos”.
“14,3 milhões de pessoas desempregadas e 6 milhões de desalentadas. Aliado a isso, há uma auxílio de valor irrisório que começa a ser pago na próxima semana. Voltamos ao mapa da fome, e parece que será difícil sair”, elencou.
Com atraso de três meses, o governo deve retomar na próxima semana o pagamento do auxílio emergencial às famílias. O benefício interrompido em dezembro, no entanto, volta com valor inferior, com parcelas que vão variar de R$ 150 a R$ 375, e será pago só até julho, caso não haja renovação.
O valor, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), não paga sequer uma cesta básica completa. O levantamento do órgão aponta, por exemplo, que R$ 150 é suficiente para comprar 23% da cesta básica em São Paulo, 29%, em Belém e 31%, em Salvador.
R$ 600 até o fim
Enquanto o governo federal diminui o auxílio da população, partidos da Oposição continuam a disputa no Congresso para viabilizar os R$ 600 até o fim da pandemia.
O PCdoB é uma das legendas que continuam a defesa dos R$ 600 para o benefício. A legenda apresentou um Projeto de Lei (PL 463/2021) para restabelecer o valor aprovado em 2020 pelo Congresso, e apesar da aprovação do novo benefício, permanece na luta para ampliar o benefício até o fim da pandemia.
De acordo com o líder da legenda, deputado Renildo Calheiros (PE), “o Brasil registra a maior média móvel no número de mortos pela Covid e o desemprego cresce desenfreadamente”, o que reforça a necessidade de um benefício que contemple as necessidades mínimas das famílias.
“Estamos diante da maior crise sanitária do país e o auxílio de R$ 600 é importante social e economicamente. É preciso assegurar a dignidade do povo brasileiro, em defesa da vida e da saúde pública”, destacou.
Por Christiane Peres
(PL)