Imunizante que está sendo desenvolvido pela Universidade Federal do Paraná não precisará de insumos importados.

A necessidade de se adquirir de outros países o chamado ingrediente farmacêutico ativo (IFA) dos imunizantes em uso no Brasil é um dos fatores que tem dificultado a produção local e a distribuição de doses para estados e municípios.

Porém, esta dependência pode estar com os dias contados. Cientistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão desenvolvendo  uma vacina contra Covid-19 que não precisará de insumos importados, podendo ser fabricada totalmente em território nacional.

O deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) comemorou o avanço das pesquisas, que estão em fase avançada de testes com resultados amplamente favoráveis. “Enquanto o Governo nega a ciência, negligencia a pandemia e corta recursos da educação, a Universidade Pública segue fazendo história”, assinalou.

Em suas redes sociais, o parlamentar destacou que os pesquisadores da UFPR trabalham com uma técnica inédita para imunização, utilizando o polihidroxibutirato (PHB). Segundo Calheiros, trata-se de “um, composto que tem um custo muito menor e já é fabricado aqui mesmo, não depende de importações”. “Ciência salva vidas!”, comemorou.

A técnica escolhida utiliza o polímero bacteriano polihidroxibutirato (PHB), que é uma macromolécula acumulada naturalmente por diversas bactérias. Quimicamente o PHB é um poliéster com características muito similares a polímeros utilizados para a fabricação de plásticos, como o polietileno e o polipropileno. O método escolhido proporciona baixo custo no produto final e pode ser replicado em vacinas para outras enfermidades.

No momento em fase pré-clínica, em que ainda não são realizados testes com humanos, o método tem mostrado potencial. Camundongos que receberam doses do imunizante produziram uma quantidade de anticorpos superior ao induzido pelo composto de Oxford/AstraZeneca em experimentos realizados no fim do ano passado.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) ironizou a orientação educacional do governo federal, cujo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub ameaçou cortar verba de universidades pelo que chamou de “balbúrdia” em campus universitários. “Enquanto Bolsonaro nega a ciência, as universidades brasileiras seguem fazendo ‘balbúrdia’ para salvar vidas!”, escreveu no Twitter.

__

PCdoB na Câmara