Deputados salientam gravidade de denúncias sobre Bolsonaro e Covaxin
Parlamentares do PCdoB repercutiram, pelas redes sociais, nesta terça (22) e quarta-feira (23), a gravidade das várias denúncias envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin pelo governo de Jair Bolsonaro.
Conforme notícias veiculadas nesta terça-feira (22), o Ministério Público Federal identificou indícios de crime no contrato — no valor de R$ 1,6 bilhão — envolvendo o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, representante, no Brasil, do laboratório que produz a vacina indiana, além valores muito mais altos do que os cobrados pelos fabricantes de outros imunizantes.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Renildo Calheiros (PE), declarou: “O governo Bolsonaro comprou a vacina indiana Covaxin por preço 1.000% mais alto do que o estimado pelo fabricante. É o imunizante mais caro entre os seis comprados pelo Brasil até agora. O presidente precisa urgentemente explicar essas informações divulgadas pelo Estadão”.
A vice-líder Perpétua Almeida (PCdoB-AC) destacou: “Quem diria que Bolsonaro, que tanto pediu a prisão de governadores, alegando superfaturamento, iria superfaturar exatamente as vacinas que salvam vidas”.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) enfatizou: “Criminosos! As ‘irregularidades’ na negociação do governo com a Vacina Covaxin podem incluir, além do preço 1.000% mais caro, pressão a servidores, erros no contrato e validade insuficiente para a importação… Bolsonaro negociava vacina vencida!”. A deputada disse ainda que “não há argumento legal ou moral que justifique a compra da Covaxin, sem autorização da Anvisa e sem intermediários da indústria, pelo valor mais caro do mercado e com o desfecho mais rápido. O que Bolsonaro e a sua quadrilha estão fazendo com o Brasil?”.
Prevaricação
Nesta quarta-feira (23), outra notícia envolvendo a compra da Covaxin veio à tona, com a afirmação do deputado Luís Miranda (DEM-DF) de que ele teria alertado Bolsonaro, com “provas contundentes”, sobre irregularidades nas negociações da vacina indiana. Sobre esta questão, a deputada federal Professora Marcivânia (PCdoB-AP) colocou: “São gravíssimas as denúncias de que o governo federal contratou a vacina Covaxin com ágio de 1.000%.Como agravante e revelador na prevaricação do presidente, há a revelação do deputado Luis Miranda (DEM) de que ele teria alertado o presidente das irregularidades envolvidas. O fato é criminoso!”.
No mesmo sentido se manifestou a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA): “Escândalo! O deputado Luis Miranda (DEM) disse à Veja que alertou Bolsonaro sobre os ilícitos na compra bilionária da vacina indiana Covaxin. Ele teria dito que iria à Polícia Federal, mas não encaminhou a denúncia . Não fez e prevaricou! A Fenafar (Federação Nacional dos Farmacêuticos) denunciou isso em abril de 2021”.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) também se posicionou: “está forte o cheiro de queimado na história da compra da Covaxin. Vacina mais cara, sem aval da Anvisa, empresa ligada ao líder do governo, contrato com rapidez inédita, num total de R$ 1,6 bilhão. Detalhe importante: até agora nenhuma dose. Não queriam investigar corrupção? Taí!”.
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Por Priscila Lobregatte