A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo confirmou, nesta quarta-feira (1°), o terceiro caso da variante Ômicron no Brasil: um passageiro de 29 anos vindo da Etiópia e que desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no sábado (27). Na ocasião, ele testou positivo para Covid-19.

O teste foi sequenciado geneticamente pelo Instituto Adolfo Lutz, que na terça-feira (30) já havia confirmado os dois primeiros resultados positivos para a variante Ômicron no Brasil.

“A situação é preocupante. Não poderemos abrir a guarda, senão poderemos ter um 2022 tenebroso”, alertou o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também repercutiu o assunto e lembrou que ainda se sabe pouco sobre a nova variante do coronavírus, o que significa redobrar os cuidados. “Existem muitas perguntas sem respostas. É hora de redobrar os cuidados: testagem, passaporte vacinal, estratégias de vacinação e campanhas potentes de informação”, afirmou.

A nova variante do coronavírus foi classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 26 de novembro, pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

No entanto, ainda restam muitas dúvidas sobre a nova variante, como por exemplo, seu grau de transmissibilidade, se causa sintomas mais graves e mortes e se representa alguma resistência à vacinação.

Ainda não há registros de mortes relacionados à nova cepa, e o uso de máscara, a manutenção do distanciamento social e de ambientes ventilados ainda são, ao lado das vacinas, os melhores aliados contra variantes.

 

Por Christiane Peres

 

(PL)