Deputados criticam descontrole e cobram política que reduza inflação
O Brasil voltou ao Mapa da Fome, soma quase 15 milhões de desempregados, segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está longe de controlar a pandemia do novo coronavírus e todos os dias itens de alimentação, vestuário, combustível pesam mais na vida da população. Apesar disso, para o governo Bolsonaro, a prioridade segue no rumo dos ataques antidemocráticos e na agenda privatista.
Deputados do PCdoB voltaram a rechaçar a alta da inflação e cobraram uma política econômica que reduza os preços para os brasileiros, além de políticas que estimulem a geração de emprego e renda para a população.
“A escalada dos preços no Brasil tem prejudicado as famílias. Falta comida na mesa e o transporte está cada vez mais caro. Em alguns estados, a gasolina passa dos R$ 7. Motoristas de aplicativo já pensam em desistir do trabalho. É muito triste que a pobreza se alastre no país. E é revoltante que o ministro da Economia considere que essa realidade caótica “está dentro do jogo”. A inflação oficial do país em 12 meses chegou a 8,99%, bem acima da meta. O mercado financeiro prevê que o ano feche em 7,11%. É a vigésima alta seguida da projeção”, destacou o líder da legenda na Câmara, deputado federal Renildo Calheiros (PE).
Para ele, o governo Bolsonaro precisa urgentemente de uma política econômica, que reduza preços para o consumidor e aumente o emprego e a renda dos brasileiros. “Com a expansão da vacinação, é hora de retomarmos a economia”, afirmou.
Na segunda-feira (23), o ministro da Economia, Paulo Guedes, negou que a inflação esteja fora de controle no Brasil. Isso porque, segundo ele, o mundo inteiro está enfrentando uma alta de preços semelhante. O ministro disse ainda que uma inflação entre 7% e 8% está “dentro do jogo”, ignorando o impacto na vida da população. O acumulado dos últimos 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 8,99%.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) rebateu a declaração de Guedes. “Inflação de 8%. Muito mais que isso na vida real, com combustível, gás de cozinha e alimentos da cesta básica acumulando altas de 20%, 30%. A correção dos aluguéis nem se fala, surreal, mais de 30%. E o Paulo Guedes? “Está sob controle”. Controle de quem? Lunático!”, disparou em suas redes sociais.
A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) se somou às críticas. A parlamentar lembrou que “antes do Bolsonaro, a ossada era doada. Agora, com a grande procura, resolveram vender. O desemprego, a fome, a inflação e o alto custo da cesta básica, da energia, do gás e da gasolina, são assuntos que Bolsonaro não quer discutir”.
Da redação
(PL)