Parlamentares do PCdoB comentaram, pelas redes sociais, novos fatos que vieram a público nesta segunda-feira (7) e que mostram as mentiras e os métodos nada republicanos com que Bolsonaro opera seu governo. Entre outros temas, os deputados destacaram as investigações da Polícia Federal que identificaram conta falsa de rede social operada por endereços ligados ao presidente e à sua família, tais como o Palácio do Planalto e sua casa Rio de Janeiro.

Diante da notícia, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), declarou: “O que mais precisa para Bolsonaro ser responsabilizado por seus crimes? Uma das informações que constam no relatório da Polícia Federal no inquérito dos atos antidemocráticos é que alguns dos perfis dessa rede eram acessados da casa de Jair Bolsonaro e do Planalto. Apesar dos relatórios e dos apontamentos da PF, a Procuradoria Geral da República tentou arquivar o inquérito. O STF negou o pedido de arquivamento”.

Jandira colocou, ainda: “Lembra da Michelle (Bolsonaro), que recebeu 72 mil reais em cheque do Queiroz? Segundo o Estadão, ela era assinante das internets usadas por alguns dos perfis fakes derrubados pelo Facebook por envolvimento nos atos antidemocráticos. Tá nos relatórios da PF sobre o inquérito”.

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), destacou: “Fica cada vez mais claro que o gabinete do ódio é financiado pelo governo Bolsonaro!”. Na mesma linha, a deputada federal professora Marcivânia (PCdoB-AP) colocou: “O que fica evidente é que esses crimes possuem direta atuação da família Bolsonaro e são bancados por dinheiro público”.

Desmentido do TCU

A nota do Tribunal de Contas da União, emitida nesta segunda-feira (7), desmentindo declaração falsa de Bolsonaro — segundo a qual o TCU teria feito um relatório questionando o número de mortes por Covid-19 no país — também foi abordada pelo vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Orlando Silva (SP).

“Vivemos no país que o Tribunal de Contas da União é alvo de fake news e precisa ir a público desmentir o presidente da República. Quando tirarmos esse traste do poder, teremos uma tarefa hercúlea para reconstruir o país”, disse Orlando. Ele salientou ainda que “Bolsonaro é um mitômano, um mentiroso compulsivo” e que a atitude de Bolsonaro “é um desrespeito às famílias enlutadas. Esse calhorda não vai reescrever a história para se eximir do genocídio”.

Sigilo de cem anos

Os parlamentares do PCdoB também criticaram a decisão do Exército, divulgada nesta segunda-feira (7), de decretar cem anos de sigilo sobre o processo administrativo que levou à não punição do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello .

“É decretação de sigilo em cartão corporativo e processo Pazuello; é ministro que foge para EUA; ‘colaborador’ que pede para morar no Canadá. Enfim, é um governo de fugitivos e ocultadores? Não se elegeram com a promessa de que ‘fariam diferente’? Esqueci: também não cumprem promessas”, disse a deputada Professora Marcivânia.

A deputada Jandira Feghali também criticou a medida: “Exército impõe sigilo de cem anos no processo do Pazuello. Cem anos num processo administrativo sobre um ato público, filmado, documentado e noticiado para o mundo”.

O deputado Orlando Silva também reagiu com indignação: “Absurdo! Qual a justificativa para se colocar sigilo de cem anos no processo administrativo de Pazuello? Fica evidente a fragilidade da decisão, que não resiste à exposição solar, é indefensável”.

 

Por Priscila Lobregatte