Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro.

Em abril, a cesta Abrasmercado fechou o mês em R$ 643,67. Na comparação com abril do ano passado, a alta na cesta foi de 21,88%

O Índice Abrasmercado da Associação Brasileira de Supermercado (Abras) que mede o custo de uma cesta de 35 produtos aumentou 21,88% em doze meses até abril, mais de duas vezes a variação do índice oficial de inflação, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumulou no mesmo período um aumento de 8,06%.

A cesta de produtos subiu, em média, de R$ 528,14 para R$ 643,67 no período. O índice da Abras, divulgado na semana passado, reúne uma cesta de 35 produtos de largo consumo nos supermercados. Algo em torno de 80% do índice é composta por produtos alimentícios, como arroz, feijão, óleo, ovos, carne, batata, leite, açúcar, café, etc.

Muito além do miserável auxílio emergencial pago pelo governo aos brasileiros mais atingidos pela pandemia da Covid-19, que além de comida precisam pagar a bandeira vermelha, patamar 2, na conta de luz, o botijão de gás, o transporte e os medicamentos, que subiram além da inflação com aval de Jair Bolsonaro.

Houve uma explosão dos preços nos últimos 12 meses: o óleo de soja que teve aumento de 88,2%, o arroz 64,3%, a carne bovina do dianteiro 40,1% e do traseiro subiu 34,9%. O feijão quase 20%, entre outros produtos de consumo básicos, conforme dados da cesta Abrasmercado, atingindo diretamente as compras das famílias.

Os 21,88% do índice Abrasmercado reflete a situação onde compra-se cada vez menos e paga-se cada vez mais. O cliente vê-se obrigado a reduzir suas compras, substituir itens habituais, adiar para próxima compra, enfim conter seu consumo, para manter o orçamento ou ainda aumentar sua despesa para manter o seu nível de consumo.

Segundo a ABRAS, houve uma queda de 4,82% nas vendas em abril sobre março deste ano. Em abril o Abrasmercado apresentou alta de 0,92% frente ao mês de março. A cesta Abrasmercado passou a valer R$ 643,67, contra R$ 637,82 do mês imediatamente anterior.