Decisão é tomada com o país beirando 140 mil vítimas fatais ao longo da pandemia

O governo italiano decidiu nesta quarta-feira (5) estabelecer a vacinação obrigatória contra a Covid-19 para todas as pessoas com mais de 50 anos residentes no país. A medida foi lançada horas após a Itália alcançar 189.109 casos diários de contaminados, um novo recorde desde o início da pandemia, com as 231 vítimas fatais no mesmo dia, elevando o total de mortos para 138.276 pessoas.

Para “proteger a saúde pública e manter as condições de segurança adequadas na prestação de serviços de cuidado e assistência”, e após uma reunião de gabinete de três horas, o primeiro-ministro Mario Draghi decretou a vacinação obrigatória.

“A escolha que estamos fazendo é restringir ao máximo a área de não vacinados, porque é ela que gera um ônus à saúde em nossos sistemas hospitalares”, explicou o ministro da pasta, Roberto Speranza.

O decreto governamental estabelece a obrigatoriedade da aplicação da vacina até o dia 15 de junho, mas ficam dispensados os casos de “comprovado perigo à saúde”, atestado pelo clínico geral ou pelo médico responsável pela imunização.

De acordo com a norma, as pessoas dessa faixa etária também devem apresentar um “passe verde reforçado” para ir ao trabalho, o que, na prática significa que a vacinação é obrigatória ou apresentar certificado de recuperação da doença.

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (6) o novo registro de casos, com taxa de positividade de 17,3%, ante os 13,9% positivos por 100 exames da terça-feira (4), o que aponta para uma ascendência. Desde segunda-feira, dez das vinte regiões italianas foram classificadas como “zona amarela” ou risco médio devido ao avanço da variante ômicron do coronavírus no país.

O Brasil registrou nesta quinta-feira a primeira morte pela ômicron. Segundo a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, a vítima era um homem de 68 anos portador de doença pulmonar crônica, hipertenso, que já tinha se vacinado com as três doses.

Legenda: Decisão é tomada com o país beirando 140 mil vítimas fatais ao longo da pandemia