Copa América: 12 jogadores da Venezuela testam positivo para Covid
Pelo menos 12 membros da delegação de futebol da Venezuela estão isolados em um hotel de Brasília, após testarem positivo para a Covid-19, segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
A seleção é adversária do Brasil na estreia da Copa América, neste domingo (13). A partida de abertura está marcada para as 18h, no Estádio Nacional Mané Garrincha.
“Todos estão assintomáticos, isolados em quartos individuais e seguem monitorados pela equipe da Conmebol e pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs)”, diz comunicado da Secretaria de Saúde.
Os testes de PCR foram realizados pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). O resultado foi informado às autoridades de Saúde de Brasília, na noite da última sexta-feira (11). A Confederação ainda não se manifestou sobre o caso.
Os infectados, que vieram da Venezuela no mesmo voo que os demais atletas, desembarcaram no Brasil na última quinta-feira (10) e, no dia seguinte, treinaram normalmente em Brasília.
A Conmebol não esclareceu se outras pessoas que tiveram contato com os jogadores, como membros da comissão técnica venezuelana ou funcionários do hotel foram monitorados por conta da exposição aos infectados.
Mudança de protocolo
Após o surto, a Conmebol decidiu mudar o regulamento da Copa América e retirou o limite de cinco substituições por Covid-19 na lista final de convocados.
De acordo com o comunicado, a partir de agora, as seleções poderão fazer trocas na lista final de jogadores, até mesmo no decorrer da Copa América, sem limite de mudanças, caso algum atleta fique positivo para Covid-19 nos testes realizados pela Confederação.
A mudança é feita também após os recentes casos de Covid-19 confirmados nas últimas semanas nas seleções, como é o caso do meia Arrascaeta, do Uruguai, que já cumpriu o período de isolamento, por exemplo, mas acabou ficando de fora dos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.
A alteração no regulamento ocorre faltando menos de 48 horas para o início do torneio.
O evento será realizado no momento em que a capital federal contabiliza 8,9 mil mortes e 414.875 infectados segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) desta sexta-feira.
Após a confirmação do DF como uma das sedes do jogo, no início de junho, o chefe da Casa Civil no DF, Gustavo Rocha, afirmou que o evento ocorrerá “observados os protocolos sanitários”.
À época, Rocha disse que os jogadores “virão testados, vacinados”. Apesar da declaração, no caso dos atletas da Venezuela, a infecção pelo novo coronavírus só foi confirmada em Brasília.
Além disso, no DF, um decreto que regulamenta a realização de jogos esportivos determina que eles ocorram sem público, com equipe de profissionais e jogadores se dirigindo aos aposentos imediatamente após a partida.