Fotos: Paulo Henrique Vivas

A Convenção Eleitoral do PCdoB de Minas Gerais, realizada neste sábado (4), no auditório da Assembleia Legislativa, aprovou, por unanimidade, pelos mais de 800 participantes a candidatura de Jô Moraes para o Senado, indicando a hoje deputada federal, para integrar a chapa encabeçada pelo governador Fernando Pimentel (PT), que disputa a reeleição.

Foi aprovada ainda uma chapa própria de candidatos e candidatas a deputado estadual e lançado o nome do presidente do PCdoB, Wadson Ribeiro, para deputado federal. Além dele, outros cinco nomes disputarão em coligação com partidos aliados.

Na abertura do evento, Wadson Ribeiro valorizou o processo de preparação da convenção, que para ele “tem o desfecho aqui nesta grande festa. Não fazemos convenção de forma burocrática, valorizamos a democracia e a participação da militância nos processos de decisão”.

Jô Moraes foi ovacionada já na sua chegada. Aos gritos de “senadora”, Jô discursou após a aprovação unânime dos convencionais. “É uma honra representar o meu partido em mais uma disputa. E essa é das mais importantes. Vamos levar a voz do povo de Minas para o Senado”.

Jô relatou momentos históricos decisivos que viveu na sua militância, lembrando das perseguições da ditadura. Falou das dificuldades dos tempos atuais, em “que o Brasil vive um novo golpe. Vivemos um dos momentos mais dramáticos da nossa história, por isso a importância destas eleições”.

Ao comentar sobre a candidatura do PCdoB ao Senado, Wadson lembrou que Minas pode eleger duas mulheres de luta, Jô e Dilma. “Será uma boa resposta que daremos aos que patrocinaram o golpe de 2016. Aécio vai ter que ‘ralar peito’ pra se eleger deputado federal e vai ver a Dilma ocupar sua vaga no Senado, logo ela que já o derrotou uma vez”.

Wadson Ribeiro apresentou a longa trajetória de Jô na vida política brasileira. “Jô Moraes é uma lutadora brasileira desde os tempos de juventude e mais uma vez vai ser a voz do nosso partido no Parlamento brasileiro”.

Atualmente Jô está no seu terceiro mandato de deputada federal. Antes, foi deputada estadual e vereadora em Belo Horizonte, cidade onde já disputou a prefeitura. Sua atuação tem como marca a defesa da presença da mulher na política. Ela foi primeira presidenta da União Brasileira de Mulheres, em meados dos anos de 1980.

Os convencionais aprovaram por unanimidade uma resolução política que apresentou os motivos a seguir com Pimentel e o conjunto dos partidos progressistas de Minas. “A saída para a  crise em  Minas  é  persistir  no  caminho  aberto  pela  eleição  de  Fernando  Pimentel  em  2014. Não há dúvidas de que  apesar  de  todas  as  adversidades,  a  vitória  do  campo  progressista  em  Minas  deve  ser  encarada  como  a  única  solução  capaz  de  fazer o estado  trilhar o caminho do desenvolvimento, diz um trecho da resolução da Convenção.