O ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub, fez novas acusações infundadas contra as universidades federais. Em entrevista ao portal conservador “Jornal da Cidade”, Weintraub disse que as universidades federais se utilizariam da autonomia universitária, prevista na Constituição, para manter “plantações extensivas de maconha” e utilizariam laboratórios para produção de drogas sintéticas.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), por meio das redes sociais, afirmou que o ministro deve ser exonerado e responsabilizado por afirmar “absurdos” sem qualquer evidência.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) também defendeu que o ministro seja demitido:

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) lançou nota nesta sexta-feira (22) afirmando que vai tomar medidas judiciais cabíveis contra o ministro. A instituição lembra que se o ministro sabe de crimes e não os comunicou às autoridades competentes “poderá estar cometendo crime de prevaricação”. Além disso, ao atacar a autonomia universitária, prevista na Constituição, o gestor comete crime de responsabilidade.

“Assim, diante dessas declarações desconcertantes, a ANDIFES está tomando as providências jurídicas cabíveis para apurar eventual cometimento de crime de responsabilidade, improbidade, difamação ou prevaricação”, afirma a nota.

Estudantes

Iago Montalvão, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), também repudiou as acusações do ministro contra as universidades. Para Montalvão, o ministro “desmerece todos os estudantes e professores brasileiros” com acusações falsas.

Ele ainda rechaçou acusações do ministro contra a UNE. Weintraub disse que a entidade é uma “máfia” e que teria arrecadado R$ 500 milhões para emitir carteiras de estudante. A UNE também lançou nota afirmando que a intenção do ministro é “perseguir, ameaçar e retaliar o movimento estudantil.

O presidente da UNE afirmou que a entidade vai acionar a Justiça contra as acusações infundadas do ministro.