Se o impasse for resolvido com aceite dos termos propostos, será homologado. Se não, a greve continua por tempo indeterminado.

No segundo dia de greve, os trabalhadores dos Correios seguem mobilizados em todo o país por reajuste salarial e manutenção de benefícios. Os funcionários da estatal também lutam contra a privatização da empresa, anunciada recentemente pelo governo Bolsonaro.

Diante da paralisação da categoria, a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) entrou com pedido de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na quarta-feira (11). A audiência acontece na tarde desta quinta-feira (12), em Brasília.
Se o impasse for resolvido com aceite dos termos propostos, será homologado. Se não, a greve continua por tempo indeterminado, conforme avisa a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect).
As negociações entre a empresa e os trabalhadores para um novo acordo coletivo para a categoria estavam sendo mediadas pelo TST desde julho. A empresa, no entanto, não aceitou os termos indicados e se recusou a manter por 30 dias o acordo coletivo vigente.
A insistência da empresa de conceder reajuste salarial abaixo da inflação, aumentar a mensalidade de convênios médicos, reduzir o adicional de férias e excluir o vale cultura, entre a retirada de outros direitos, levou à grande mobilização da categoria em todo o país.
“Estamos confiantes de que haja uma boa negociação, afinal, não tem nenhuma solicitação fora do comum: reposição da inflação no salário e manutenção de benefícios”, afirmou Douglas Cristóvão de Melo, diretor de comunicação da Findect.
“O pedido de dissídio coletivo pelos Correios foi uma vitória dos funcionários, pois obrigou a empresa a recuar e buscar a mediação no judiciário”, ressaltou Melo.