Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação lidera protestos pela paz - FECODE

Após liderarem grandiosas manifestações na semana passada contra o morticínio de lideranças, os dirigentes da Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação (Fecode) e seus familiares foram ameaçados de morte, na última terça-feira, pelo bando paramilitar Águias Negras.

Vinculados ao narcotráfico e com evidências de conluio com setores degenerados do Estado colombiano, os paramilitares se alinham aos Estados Unidos no que chamam de combate ao “castrochavismo”, que é como identificam a todo colombiano que se propõe a defender a soberania nacional.

“É o momento de limpar este país”, dizia o correio eletrônico enviado até a sede da entidade sindical em Bogotá pela rede criminosa. Direto, o e-mail propunha a “morte de todos os colaboradores das guerrilhas, chamados líderes sindicais e sociais. Mal paridos que apoiam e promovem políticas de esquerda para o resto do povo, que dizem supostamente defender os direitos humanos, eles são realmente guerrilheiros camuflados entre os civis”.

“Em defesa da vida e do direito à saúde com dignidade para o magistério”, a Fecode se opõe firmemente à continuidade do confronto armado mantido por cinco décadas. Há cerca de três anos, os Acordos de Paz assinados com o governo do então presidente Juan Manuel Santos, em Havana, transformaram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em partido, a Força Alternativa Revolucionária do Comum, com representação parlamentar.

Infelizmente, apostando no retrocesso, desde que assumiu, em agosto de 2018, o governo de Iván Duque nada tem feito além de estimular a repressão contra os movimentos sociais e coonestar com o derramamento de sangue inocente.

As recentes sentenças de morte das Águias negras foram direcionadas especificamente contra o presidente da Fecode, Nelson Alarcón; a segunda vice-presidenta, Martha Alfonso; o fiscal da federação, Domingo Ayala, e o ex-presidente e atual secretário de Assuntos Jurídicos, Carlos Rivas.

“Sabemos onde vocês vivem, suas famílias e o que fazem. Ninguém nos escapa necolomiste país. Nós os localizamos e é melhor que se distanciem deles, senão quiserem que caiam com vocês quando formos matá-los. Não respondemos se caem inocentes, os temos na mira do canhão”, prosseguem as Águias Negras.

No texto, os paramilitares advertem a organização sindical para a necessidade de deter a “Caravana pela paz, a vida e a democracia” – convocada pela entidade para os dias 6, 7 e 8 de setembro -, cujo destino final está marcado para o município de Santander de Quilichao, no departamento de Cauca. “Recordem muito bem porque pode se converter em um setembro negro”, ressaltou o grupo criminoso.

A direção da entidade está reunida para fazer um balanço da situação e, após o assassinato de Karina García Sierra, candidata à Prefeitura de Suárez (Cauca), junto com cinco membros da sua equipe, avalia inclusive a possibilidade de cancelar a caravana.

O veículo em que Karina viajava foi interceptado por homens armados que fizeram disparos de fuzil, lançaram granadas e depois incineraram o carro com os ocupantes dentro, incluindo a mãe da candidata.

“Exigimos do governo respeito e direito à vida, assim como que proteja nossos dirigentes sindicais, sociais e o magistério colombiano. É preciso que se cumpram os acordos firmados pelas FARC com o governo de Santos. Estão nos assassinando, nos exterminando, diferentes forças à margem da lei e o Estado têm a obrigação de nos defender”, sublinhou o presidente da Fecode.

Após liderarem grandiosas manifestações na semana passada contra o morticínio de lideranças, os dirigentes da Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação (Fecode) e seus familiares foram ameaçados de morte, na última terça-feira, pelo bando paramilitar Águias Negras.

Vinculados ao narcotráfico e com evidências de conluio com setores degenerados do Estado colombiano, os paramilitares se alinham aos Estados Unidos no que chamam de combate ao “castrochavismo”, que é como identificam a todo colombiano que se propõe a defender a soberania nacional.

“É o momento de limpar este país”, dizia o correio eletrônico enviado até a sede da entidade sindical em Bogotá pela rede criminosa. Direto, o e-mail propunha a “morte de todos os colaboradores das guerrilhas, chamados líderes sindicais e sociais. Mal paridos que apoiam e promovem políticas de esquerda para o resto do povo, que dizem supostamente defender os direitos humanos, eles são realmente guerrilheiros camuflados entre os civis”.

“Em defesa da vida e do direito à saúde com dignidade para o magistério”, a Fecode se opõe firmemente à continuidade do confronto armado mantido por cinco décadas. Há cerca de três anos, os Acordos de Paz assinados com o governo do então presidente Juan Manuel Santos, em Havana, transformaram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em partido, a Força Alternativa Revolucionária do Comum, com representação parlamentar.

Infelizmente, apostando no retrocesso, desde que assumiu, em agosto de 2018, o governo de Iván Duque nada tem feito além de estimular a repressão contra os movimentos sociais e coonestar com o derramamento de sangue inocente.

As recentes sentenças de morte das Águias negras foram direcionadas especificamente contra o presidente da Fecode, Nelson Alarcón; a segunda vice-presidenta, Martha Alfonso; o fiscal da federação, Domingo Ayala, e o ex-presidente e atual secretário de Assuntos Jurídicos, Carlos Rivas.

“Sabemos onde vocês vivem, suas famílias e o que fazem. Ninguém nos escapa neste país. Nós os localizamos e é melhor que se distanciem deles, senão quiserem que caiam com vocês quando formos matá-los. Não respondemos se caem inocentes, os temos na mira do canhão”, prosseguem as Águias Negras.

No texto, os paramilitares advertem a organização sindical para a necessidade de deter a “Caravana pela paz, a vida e a democracia” – convocada pela entidade para os dias 6, 7 e 8 de setembro -, cujo destino final está marcado para o município de Santander de Quilichao, no departamento de Cauca. “Recordem muito bem porque pode se converter em um setembro negro”, ressaltou o grupo criminoso.

A direção da entidade está reunida para fazer um balanço da situação e, após o assassinato de Karina García Sierra, candidata à Prefeitura de Suárez (Cauca), junto com cinco membros da sua equipe, avalia inclusive a possibilidade de cancelar a caravana.

O veículo em que Karina viajava foi interceptado por homens armados que fizeram disparos de fuzil, lançaram granadas e depois incineraram o carro com os ocupantes dentro, incluindo a mãe da candidata.

“Exigimos do governo respeito e direito à vida, assim como que proteja nossos dirigentes sindicais, sociais e o magistério colombiano. É preciso que se cumpram os acordos firmados pelas FARC com o governo de Santos. Estão nos assassinando, nos exterminando, diferentes forças à margem da lei e o Estado têm a obrigação de nos defender”, sublinhou o presidente da Fecode.