"Casa Branca é culpada pelas atuais tensões em torno da Ucrânia”, afirma diplomacia da China.

A missão diplomática da China na Rússia retuitou neste sábado (26) um quadro com uma relação de países bombardeados pelos Estados Unidos desde o fim II Guerra Mundial, cuja população chega a quase um terço do planeta. A imagem é uma evocação à paz e destaca: “Nunca se esqueçam quem é a verdadeira ameaça ao mundo”.

A diplomacia da China destaca que a Casa Branca é “culpada das atuais tensões em torno da Ucrânia”, afinal “se alguém continua jogando óleo na chama enquanto acusa outros de não fazerem o seu melhor para apagar o fogo, esse tipo de comportamento é claramente irresponsável e imoral”.

Defendendo o diálogo e a negociação, a China lembra que “dos 248 conflitos armados ocorridos entre 1945 e 2001 em 153 regiões do mundo, 201 foram iniciados pelos EUA, o que representa 81% do número total”. A imagem foi compartilhada anteriormente pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian.

Ligian Zhao, porta-voz do MRE chinês postou a lista de países bombardeados pelos EUA desde o fim da 2ª Guerra Mundial.

Entre as guerras que ganham relevância no quadro apresentado estão a da Coreia (1950-1953), Guatemala (1954), Indonésia (1958), Cuba (1959-1961), Guatemala (1960), Congo (1964), Laos (1964-1973), Camboja (1969-1970), Guatemala (1967-1969), Granada (1983), Líbano (1983-1984), Líbia (1986), El Salvador (década de 1980), Nicarágua (década de 1980), Irã (1987), Panamá (1989), Iraque (1991), Kuwait (1991), Somália (1993), Bósnia (1994-1995), Sudão (1998), Iugoslávia (1999), Iêmen (2002), Iraque (1991-2003 com instalação de bases dos EUA e do Reino Unido), Iraque (2003-2015), Afeganistão (2001-2015), Paquistão (2007-2015), Somália (2007- 2008, 2011), Iêmen (2009, 2011), Líbia (2011, 2016) e Síria (2014-2015).

Conforme recordou o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, Pequim pediu reiteradas vezes que as exigências de segurança da Rússia fossem respeitadas e levadas em consideração, mas tendo à frente os EUA, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) preferiu seguir com sua investida a leste, colocando o povo russo em perigo iminente pelo avanço nuclear.