Vitória (ES) - Supermercados lotados e com filas nos caixas e na entrada funcionam em horário reduzido. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A cesta básica na capital paulista aumentou 10,66% em 2019, segundo pesquisa do Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon, vinculado à Secretaria da Justiça e Cidadania. Um aumento muito acima da inflação oficial do governo de 4,31% no ano passado.
A pesquisa, em convênio com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontou que o valor médio da cesta básica na cidade de São Paulo em dezembro de 2018 era de R$ 708,61 e subiu para R$ 784,16 em dezembro de 2019. Considerando o salário mínimo de R$ 998, no período, sobra muito pouco para água, luz, ….
As variações acumuladas foram 7,55% para os produtos de Higiene, 10,96% para Alimentação, e 11,15% para Limpeza.
Dos 28 alimentos pesquisados, 22 tiveram seus preços médios aumentados.
No caso dos alimentos, os destaques ficaram com o feijão (62,61%); alho (41,97%); carne de primeira (27,18%); sabão em pó (25,14%) e carne de segunda (22,69%).
Nos produtos de Higiene, o papel higiênico teve alta de 10,86% e desodorante spray (8,79%).
Entre os produtos de Limpeza, as maiores altas foram do sabão em pó (+25,14%) e amaciante (+7,96%).
Segundo a pesquisa Expectativa de Inflação do Consumidor, realizada em janeiro deste ano pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os consumidores brasileiros acreditam que o país terá uma inflação acumulada de 5% nos próximos 12 meses, bem distante das previsões do mercado e do Banco Central para o ano de 2020 de 3,56%.
Para os consumidores a disparada nos preços nos supermercados, nos transportes, nas contas de luz, entre tantos outros, está muito distante da inflação chapa branca do governo.