Foto: Reprodução da internet

No Centro-Oeste, as mulheres representantes dos sete partidos que compõem a frente “Vamos juntos pelo Brasil” se debruçaram, nesta terça (28), sobre as diretrizes do programa de governo da pré-candidatura da chapa Lula-Alckmin. A carestia e os juros altos estiveram, juntamente com a violência, entre os principais temas debatidos no evento que faz parte da série de encontros “Mulheres com Lula”, tendo sido realizado de forma virtual e contado com mais de 300 inscrições de integrantes do PCdoB, PT, PV, PSB, PSol, Rede e Solidariedade.

“Quero dedicar esse encontro às mais de 45% das famílias brasileiras chefiadas por mães chefes de família, mulheres sozinhas que cuidam dos seus filhos sozinhas, a maior parte sem comida nenhuma, sem emprego, às vezes sem esperança e que nós somos a esperança delas de ter emprego, de ter saúde, de ter educação”, disse Márcia Campos, secretária nacional interina da Mulher do PCdoB, que homenageou o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips. “Vamos acabar com essa carestia louca que só faz aumentar todo dia, tirando a cada dia mais um alimento da mesa do povo brasileiro. Chega de aumento de gás, chega de aumento de diesel, da gasolina. Chega de fazer com que o nosso povo perca a esperança no amanhã”, acrescentou.

Thereza de Lamare Franco Netto, secretária da Mulher do PCdoB/DF, criticou a atual política de juros altos: “Nós experimentamos desde 2016 o desmonte das políticas públicas, o fracasso dessa política macroeconômica que só pensa em juros. Os juros estão na estratosfera. É só isso que a gente vê. Cadê o dinheiro para a saúde, a educação? É corrupção, desmatamento da Amazônia, chacina da nossa população indígena, dos nossos povos tradicionais, racismo, genocídio da nossa juventude. Não é isso que queremos para o nosso país. Nós queremos cada vez mais democracia, a vida das nossas mulheres sem violência e lutar por uma país mais soberano e mais justo”.

Comida no prato

Cintia Dias, do PSol, defendeu a retomada das organizações humanizadas. “Hoje defender a humanidade, a vida, o pão é revolucionário. E nós do PSol estamos apelando para que revolucionemos junto com o governo Lula na forma de apoio, de organização, para que barrem as privatizações, para que tenhamos qualidade de vida, dignidade, emprego, comida no prato e educação de qualidade”, disse ela.

Andreza Xavier, do PT, ressaltou a presença no evento das mulheres de diversos partidos, “que estão na construção desse programa de governo, que estão na construção desse processo para eleger o presidente Lula, mas também para eleger uma grande bancada de mulheres pelas forças progressistas no Congresso nacional”.

“A mensagem que eu quero deixar para todas vocês, companheiras, é que a gente não pode desistir e não vamos desistir. Bolsonaro, ele vai ser esquecido, e nós vamos levar adiante essa luta. Estamos juntas. Nós não somos sete partidos, nós somos as mulheres, trazendo de volta Lula, que também não desistiu. Portanto, deixo aqui a minha mensagem. Lula será presidente no dia 2 de outubro“, afirmou Yara Gouvêa, do PSB.

Jucilene Barros, do Solidariedade

Jucilene Barros, do Solidariedade, também saudou a memória de Dom e Bruno e de Chico Mendes e mencionou o recente ataque às crianças e ao povo Guarani. “Amazonas pede socorro. Mas todos os índios do Brasil pedem socorro. Nós estivemos essa semana visitando aldeias indígenas e os índios não têm água para beber, porque os rios estão contaminados na região do Mato Grosso Sul e não dá mais para suportar o Bolsonaro”, declarou. “O Brasil virará essa página com certeza agora em outubro de 2022, quando nós voltamos a ser solidários. O que a gente precisa nesse país é justiça social e solidariedade”, acrescentou Maura Lúcia Gonçalves dos Anjos, do Solidariedade.

Renata Soares, do PV, mencionou que o partido faz parte da Fé Brasil, a federação com o PT e o PCdoB. “Aqui vi muitas companheiras de lutas de muito tempo e eu tenho certeza que um encontro como esse ele nos revigora, ele nos dá ânimo. Estamos vendo que as pessoas estão entrando nesse ritmo de campanha e tendo a vontade de estar juntos. Lula estará em Brasília no dia 12 de julho, isso já é uma agenda que nos motiva, nos deixa ansiosas”, entusiasmou-se. “Juntas vamos sim colocar Lula lá na Presidência da República para acabar com esse retrocesso, esse genocídio de humanos que estamos vendo aqui nesse Brasil. Quero um Brasil de esperança”, afirmou Enilde Neres, da Rede Sustentabilidade.