Brasília, DF, 14ª Reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), no Ministério da Economia, bloco K NA FOTO: Ministro da Economia, Paulo Guedes FOTO: EDU ANDRADE/Ascom/ME

Cobrando posicionamento do governo sobre o prometido reajuste dos policiais federais, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (7), a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para que ele dê esclarecimentos sobre as propostas de reestruturação de carreira e aumento salarial reivindicados pela categoria.

A convocação se dá após o ministro ter ignorado convite feito no dia 17 maio, para que falasse sobre o tema, já que o ministro da Justiça, Anderson Torres, havia dito na comissão que as reivindicações dos integrantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional, já haviam sido enviadas ao Ministério da Economia, mas que estavam paradas no órgão. O que os parlamentares querem agora é que o ministro explique em que pé está a situação.

Por se tratar de convocação, Paulo Guedes é obrigado a comparecer à comissão, em data a ser definida.

O governo se meteu em um impasse sem tamanho desde que Bolsonaro, de olho nas eleições, prometeu privilegiar os servidores da segurança pública com reajuste. A intenção de Bolsonaro desencadeou insatisfação generalizada em todo o funcionalismo federal, e agora também nas carreiras policiais, já que parece que não haverá aumento para nenhum setor. Na terça-feira (7), Bolsonaro afirmou que “tudo indica” que não haverá reajustes para servidores públicos neste ano.

Para o deputado Luís Miranda (Republicanos-DF), que apresentou o requerimento de convocação, a categoria aguarda retorno do governo sobre a reestruturação prometida por Bolsonaro e, segundo ele, como há previsão orçamentária, já aprovada no Congresso para atender a categoria, é necessário que Paulo Guedes compareça, para “explicar a fala do Ministro da Justiça e informar onde foram parar esses recursos”.

Conforme a Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal, “a última negociação salarial para a maioria do serviço público federal se deu há mais de quatro anos e apenas repôs parte da inflação até então. No caso específico da Polícia Federal, há perdas inflacionárias desde o ano de 2016”.