A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrante do Comitê Central do PCdoB, Bruna Brelaz, lembrou, nesta quinta-feira (24), pelas redes sociais, os 90 anos da conquista do voto feminino — ocorrido em 24 de fevereiro de 1932 — e a importância da luta pela igualdade e por maior participação das mulheres na política e nos espaços de poder. Também destacou o papel central das mulheres nas luta contra Bolsonaro nas eleições deste ano.

“Hoje completamos 90 anos da conquista do voto feminino. É um marco histórico importante, mas ainda temos muito para avançar. Somos 52,50% das eleitoras, nas filiações partidárias representamos 45,30%, porém apenas 15% dos mandatos são de mulheres”, disse Bruna.

Por isso, completou, “os incentivos e medidas que garantam a participação feminina na política são fundamentais nessa construção. Queremos — e devemos — ocupar cargos políticos. E com segurança, sem que isso signifique a perda de nossas vidas ou o abuso de nossos corpos e psicológico”.

Bruna tratou, ainda, da relevância da participação e do engajamento feminino no pleito de 2022. “Estamos novamente em ano de eleição. O papel das mulheres será decisivo na derrota de Bolsonaro. Então tirem ou regularizem seus títulos de eleitoras, o prazo é 4 de maio. Lugar de mulher é, também, na política!”.

O voto passou a ser um direito garantido às mulheres brasileiras, acima de 21 anos, apenas no Código Eleitoral de 1932, sendo inserido na Constituição dois anos depois, em 1934.

Embora tenha havido avanços relevantes das mulheres no âmbito da participação política, hoje ainda é baixa a representação feminina. Em 2020, apenas 15% dos eleitos no país era de mulheres e o país ocupa a 142ª posição no ranking de participação feminina no congresso nacional. Nas Américas, o país só fica na frente de Paraguai, Bahamas e Belize.

 

Por Priscila Lobregatte

Com agências