O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a briga de Bolsonaro com o PSL, e vice-versa, foi por “poder, pelo tempo de TV e pelo fundo partidário” e deixou “todo mundo nu e se matando”.
Em entrevista ao jornal O Globo, Maia disse que “esta briga do PSL é uma briga de poder, pelo tempo de TV e pelo fundo partidário. Acontece em todos os partidos, mas no caso deles, como são o partido das redes sociais, é uma briga bem explícita. Todo mundo nu e se matando”.
“Ao longo do tempo isso vai decantando e as pessoas percebem que não é o caminho correto, que é melhor construir através do diálogo”, completou.
Em passagem por São Paulo, onde participou na tarde da segunda-feira (9) de um evento com dirigentes de empresas britânicas no Brasil, o presidente da Câmara elogiou a retirada do excludente de ilicitude do pacote aprovado pelos deputados na última quarta-feira (4).
“No caso agora aqui de Paraisópolis”, no qual nove jovens morreram durante uma ação da Polícia Militar, “se este projeto tivesse sido sancionado com excludente, os policiais não estariam sendo investigados”, afirmou Maia.
O excludente de ilicitude proposto pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, e rejeitado pelos parlamentares permitia que agentes de segurança cometessem crimes, até mesmo assassinatos, desde que sob justificativa de “medo, surpresa ou violenta emoção”.