Brasília (DF), 20/05/2019 - presidente Jair Bolsonaro (PSL), ao lançar nesta segunda-feira (20/05/2019) a campanha publicitária em defesa da Nova Previdência, no Palácio do Planalto, ressaltou para uma plateia de empresários de comunicação a importância da mídia para a democracia. - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O apresentador da TV Globo Luciano Huck fez um diagnostico que é comum à opinião de grande parte da população brasileira, em palestra realizada na semana passada.
Ele disse aos presentes que o governo Bolsonaro é “o último capítulo do que não deu certo”.
Diante da precisão da avaliação de Huck, Bolsonaro reagiu espumando e com ameaças contra o apresentador. A reação de Jair Bolsonaro confirmou a avaliação de Luciano sobre o caos.
Disse o mito: “ele falou que eu sou o último capítulo do caos. Se ele comprou jatinho, então ele faz parte do caos”. “Ajudou naqueles empréstimos de quase meio trilhão de reais, amigo Fidel Castro, Venezuela, essa galera aí. E aqui no Brasil, me parece, foram R$ 2 bilhões (do BNDES) para amigos comprarem jatinho”, afirmou Bolsonaro, em entrevista no Palácio da Alvorada.
A referência que Bolsonaro faz é a um empréstimo de R$ 17,7 milhões que Luciano Huck pegou no BNDES em 2013 para comprar um jato particular da Embraer.
Os empréstimos eram parte de um programa do banco destinado a financiar investimentos de empresas, chamado Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), e teve como um dos beneficiados a Brisair Serviços Técnicos e Aeronáuticos Ltda., que tem como sócios Huck e sua esposa, apresentadora Angélica. Mais uma vez Bolsonaro aponta sua metralhadora contra supostas irregularidades neste e em outros empréstimos feitos pelo BNDES, mas, até agora não mostrou nenhum fato concreto. Apenas agride.
Ele chantageia Deus e o mundo, inclusive com a abertura do que seria uma tal “caixa preta” do banco, mas, até agora, nada. Só usa isso para nutrir seus planos de destruição do banco público, como, aliás, de tudo o que é público no Brasil. Ao mesmo tempo que acusa todo mundo, ele não fala nada dos notórios crimes envolvendo membros de sua família, particularmente do filho Flávio, que é acusado de montar um esquema de lavagem de dinheiro para desviar dinheiro público em seu gabinete na Assembleia do Rio de Janeiro.
Quando se fala nisso ele diz que é “perseguição” da PF e do MP.
No caso de Flávio, só seu ex-auxiliar, Fabrício Queiroz, movimentou R$ 7 milhões que pertenceriam a funcionários fantasmas do gabinete da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e que eram depositados em sua conta.
O Ministério Público investiga crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, montada por Flávio e Queiroz para desviar recursos da Alerj. Há provas abundantes sobre o caso com o MP/RJ. Há até mesmo uma suspeita, por parte da PF e do MP/RJ, de que o gabinete de Flávio Bolsonaro lavava dinheiro de milícias do Rio.
A PF investigava o fato de Adriano Nóbrega, ex-PM, chegado de Queiroz, miliciano e assassino de aluguel, ter empregado sua mãe e sua mulher no gabinete de Flávio e de ter recebido uma homenagem do mesmo com a Medalha Tiradentes da Alerj