Jair Bolsonaro (sem partido) fez uma transmissão ao vivo (live) na quinta-feira (6) para comemorar Donald Trump escapando do processo de impeachment nos Estados Unidos e se irritou com postagens de seus seguidores que o chamavam de “bajulador de Trump”.
A transmissão aconteceu na sua página no Facebook, de frente para a TV e com o auxílio de um tradutor.
Ele acompanhou o discurso de Trump, com pausas para comentários e críticas aos adversários.
“Ninguém fique pensando que eu estou aqui bajulando o Donald Trump”, disse, tentando se explicar diante das críticas.
Segundo ele, alguns apoiadores pedem que “ele governe o Brasil e esqueça o mundo”. Para ele, não seria correto, pois “nenhum país do mundo pode viver de forma isolada”. Para ele, não ficar “isolado” é macaquear tudo o que Trump faz e diz.
“Indo bem os Estados Unidos, quanto menos problemas tivermos no mundo, mais fácil para nós tratarmos das nossas relações bilaterais”.
Muito irado com seus seguidores internautas, Bolsonaro pediu que o público que o acompanha nas redes faça apenas “críticas construtivas”. Em dado momento, ele se referiu a um dos seguidores como “idiota”.
Mais trumpista do que o próprio Trump, Bolsonaro criticou o senador Mitt Romney, de Utah, republicano que votou a favor da cassação de Trump, chamando-o de “traíra”.
E disse que o senador americano “atrapalhou os Estados Unidos”.
“E quando atrapalha os Estados Unidos, atrapalha nós também”, disse ele numa variação do “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, frase bajuladora dita por Juracy Magalhães, na década de 60, quando foi embaixador do Brasil nos EUA, no período da ditadura.