Bolsonaro na famigerada live

Enquanto o país inteiro exige do governo federal que ele tenha agilidade na vacinação da população brasileira para que o Brasil possa deter o avanço da pandemia do coronavírus, Jair Bolsonaro simplesmente debochou da tragédia vivida pelos doentes infectados pelo vírus.

Ele usou sua live que foi ao ar na quinta-feira (18) para imitar jocosamente os pacientes em busca de ar para respirar.

O sarcasmo com que Bolsonaro tratou o sofrimento dos brasileiros que estão entre a vida e a morte nos hospitais do país é simplesmente monstruoso.

Como se não bastasse isso, ele acusou os médicos brasileiros por tudo o que está ocorrendo no país. Disse que as mortes estão acontecendo porque os profissionais de saúde não estão receitando a cloroquina e a ivermectina, duas drogas comprovadamente ineficazes contra a Covid-19.

O charlatão sabota as vacinas, ataca as máscaras, reduz a ajuda emergencial, receita drogas ineficazes e estimula suas milícias a promoverem aglomerações pelo país afora.

Se antes ele já desdenhava as mortes com o seu “e daí?”, agora o capitão cloroquina zomba dos doentes. É uma atitude descaradamente a favor do vírus. Como disse o governador do Maranhão, Flávio Dino, Bolsonaro tem que parar de agir como o maior amigo e colaborador do coronavírus e passar a defender a população brasileira.

Não é isso o que ele faz. Sua insanidade e seu desprezo pelo povo são ilimitados. Diante do extremo agravamento da pandemia, ao invés de liderar o pacto nacional proposto pelos governadores para combater o avanço do vírus, Bolsonaro resolveu abrir uma guerra, não contra o vírus, mas contra os governadores que propuseram o pacto e as medidas tomadas por eles para tentar deter a expansão da doença.

Ele entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar as medidas sanitárias de restrição da circulação de pessoas. O que ele quer é aglomeração. Ele trabalha a favor do vírus e por mais mortes.

Todas as medidas tomadas para combater o coronavírus tiveram a oposição ferrenha de Bolsonaro. Chegou até a ameaçar o país com estado de sítio para garantir as aglomerações e o espalhamento do vírus.

É certo que a reação foi tão forte ao seu arroubo autoritário, que o capitão cloroquina teve que enfiar o rabo entre as pernas e voltar atrás em suas ameaças.

Depois de tomar um puxão de orelhas do presidente do STF, Luiz Fux, ele disse que não era bem isso o que ele tinha dito. O fato é que, para ajudar a espalhar o vírus e para aumentar o número de mortos no país o psicopata até pensou mesmo no absurdo de decretar o estado de sítio.