O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa do seminário A Nova Economia Liberal, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

Na noite de segunda-feira (17 de junho), o Ministério da Economia, Paulo Guedes, anunciou a indicação de Gustavo Montezano para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no lugar de Joaquim Levy, decapitado publicamente pelo Planalto na sexta-feira (14). Segundo Bolsonaro, Levy já estava “há muito tempo com a cabeça a prêmio”.
O novo indicado para a presidência do BNDES ocupa atualmente o cargo de Secretário Especial Adjunto de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia. Ou seja, está colaborando ativamente com o plano de Bolsonaro e Guedes de desmonte do país e da entrega do patrimônio público a preço de banana para as multinacionais.
O chefe de Montezano, Salim Mattar, dono da Localiza, empresa locadora de automóveis, e “ministro das privatizações” de Bolsonaro, comemorou a indicação de seu “auxiliar” para o cargo e disse que “agora sim, o BNDES vai poder agilizar as privatizações”.
Outra credencial de Gustavo Montezano para assumir o cargo é o fato dele ter sido sócio do Banco Pactual e estar disposto a iniciar a campanha bolsonarista de difamação do maior banco público de fomento do país. Jair Bolsonaro e seus seguidores querem desmoralizar o BNDES para, literalmente, arrombar o seu caixa e destruir o banco de desenvolvimento.
A nomeação de um privatista convicto para a direção do banco público de fomento faz parte do projeto do governo de desmontar o BNDES. A primeira medida neste sentido é garantir que, ainda este ano, R$ 126 bilhões saiam do caixa da instituição e sejam desviados para o Tesouro. Guedes e Bolsonaro já vinham insistindo nisso e querem que esse dinheiro vá direto para os juros dos bancos. E, o que sobrar de recursos no caixa do BNDES, a ordem para o novo “dirigente” é que ele seja todo direcionado para o financiamento das privatizações.