Candidato ao governo do Ceará, deputado Capitão Wagner (União Brasil), e o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), candidato à reeleição.

Embora um bolsonarista de carteirinha, o candidato do União Brasil ao governo do Ceará, Capitão Wagner, revelou que não pretende vincular sua imagem à do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha.

Para esconder Bolsonaro, o deputado federal alegou que sua coligação é formada por partidos que apoiam outros candidatos na disputa presidencial.

“Tenho cinco candidatos a presidente representados em minha coligação”, diz ele, para justificar a distância. São eles Soraya Thronicke (União Brasil), Bolsonaro (PL e Republicanos), Simone Tebet (Podemos), Roberto Jefferson (PTB) e André Janones (Avante). O último desistiu de sua candidatura para poiar o ex-presidente Lula.

Capitão Wagner aparece na liderança nas primeiras pesquisas com intenção de voto e, por trás do argumento, há uma avaliação de que a vinculação a Bolsonaro poderia causar prejuízos eleitorais.

Os dois principais adversários dele são Roberto Cláudio (PDT) e Elmano de Freitas (PT).

Em 2020, Wagner liderou as pesquisas de intenção de voto um bom tempo na eleição para prefeito de Fortaleza naquele ano. Mas acabou perdendo para Sarto (PDT), apoiado por Ciro Gomes, que era o terceiro nas pesquisas. A vinculação com Bolsonaro foi fatal para ele.

Outro que também resolveu deixar Bolsonaro de lado foi o atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que sequer mencionou o nome do presidente durante o primeiro debate entre os candidatos ao governo do Estado, no domingo (7).

Candidato à reeleição com apoio de Jair Bolsonaro, ele evitou usar o presidente da República como cabo eleitoral.

Ao longo do debate, em mais de uma ocasião, o candidato do PSB, Marcelo Freixo, procurou associar negativamente Bolsonaro ao governo Castro.

Castro, por sua vez, ignorou as tentativas de associação. Em nenhum momento citou Bolsonaro nem procurou defender quaisquer políticas ou propostas do governo federal.