Contrato firmado, as primeiras doses devem chegar à Bolívia em janeiro

O presidente boliviano Luis Arce assinou, no penúltimo dia do ano, o contrato que permitirá ao país receber 5,2 milhões de doses da vacina Sputnik V, já utilizada para vacinar, aqui na América Latina, argentinos e também adquirida pela Venezuela.

Aqui no Brasil, só há poucos dias foi dada a permissão para o início dos testes com a vacina russa.

Arce informou ainda que, graças a mediações com os russos, chegarão ao país 6 mil doses já em janeiro para iniciar a vacinação do pessoal da área da saúde.

O governo boliviano também informa que, através de negociações com a OMS, através do sistema COVAX, vai conseguir um volume de doses vacinais capaz de imunizar 80% da população do país de 11,5 milhões de habitantes.

A Sputnik V foi a primeira a ser registrada no planeta e os testes revelaram eficácia superior a 91% e não foi constatado nenhum efeito grave adverso.

O governo de Áñez não havia tomado providencias em termos de aquisição de vacinas e o de Arce só tomou posse em novembro do ano passado. O presidente esclareceu que a Bolívia teve que buscar realizar aquisições em uma situação de “alta demanda mundial”.

Na América Latina já começou a vacinação na Argentina, México, Costa Rica e Chile. No Brasil, o governo de São Paulo promete iniciar a imunização até o final de janeiro, enquanto que o governo federal ainda não conseguiu precisar a data de início e se depara com dificuldades operacionais elementares como a aquisição de seringas (o primeiro pregão terminou com empresas se comprometendo com apenas 2,4% do montante necessário).