As estimativas para o crescimento da economia este ano continuam desabando, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, nesta segunda-feira (17 de junho). A previsão para a alta do Produto Interno Bruto caiu pela 16ª vez seguida.

Os representantes de mais de 100 instituições financeiras, consultados pelo BC, derrubaram a estimativa para o PIB deste ano de 1% na semana passada para 0,93%. Esta é a mediana das opiniões, ou seja, metade dos consultados acha que o resultado será ainda pior.

A queda vem se intensificando após a divulgação do resultado do PIB do primeiro trimestre que ficou negativo em 0,2%, em relação ao último trimestre de 2018. No ano passado o PIB registrou apenas 1,1% de crescimento.

A clara deterioração da economia no governo Bolsonaro se confirma nos recentes indicadores do mês de abril. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) recuou pela 4ª vez seguida (-0,47% em abril).

A produção industrial ficou negativa em 11 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos primeiros quatro meses deste ano frente igual período de 2018 – 73% do total dos parques industriais regionais. De janeiro a abril, a produção industrial nacional registrou queda de -2,7%, intensificando a queda verificada no último quadrimestre de 2018 (-1,5%).

As vendas do comércio varejista brasileiro, segundo o IBGE, recuaram 0,6% em abril em relação a março, tendo como principal contribuição o recuo nas vendas em hiper e supermercados, ou seja, de alimentos e itens de primeira necessidade. Em março, o resultado do trimestre foi praticamente nulo (0,1%).

De acordo com o IBGE, o setor de Serviços, após registrar uma sequência de resultados negativos de janeiro a março, ficou praticamente zerado em abril (0,3%). Na comparação com abril do ano passado, houve queda de 0,7%.

Todos os indicadores apontam para um segundo trimestre também negativo para a economia brasileira, resultado da “desconstrução” de Bolsonaro e Guedes, que a pretexto de tirar o país da crise tentam garfar a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros, impondo juros altos, cortes no Orçamento, nos investimentos públicos e nos salários. Além da dilapidação do patrimônio público, com as criminosas privatizações das subsidiárias da Petrobrás.

A maior expressão dessa política é o desemprego recorde que, segundo o IBGE, em abril deixou 28,4 milhões de brasileiros sem emprego.