No primeiro boletim Focus do ano, os representantes do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país para 3,40% – percentual que não chega nem perto de recuperar as perdas estimadas de 2020, ano da pandemia.

A expectativa anterior para o ano que começa com novos recordes de mortos e infectados pelo novo coronavírus – e continua sem um plano nacional de imunização – era de 3,49%. A queda estimada para 2020 é de – 4,36%.

Frente aos países que enfrentaram a crise sanitária colocando recursos para que a economia não quebrasse e que já iniciaram a vacinação, a recuperação do Brasil será mais lenta. Encerramos o ano com pelo menos 14 milhões de desempregados e 65 milhões de pessoas sem renda com o fim do auxílio emergencial.

De acordo com as previsões da OCDE (Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico), o tombo da economia do Brasil em 2020 deve ser da ordem de 5%, com crescimento de apenas 2,6% em 2021. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por sua vez, espera alta de 2,8%. De qualquer modo, um crescimento abaixo da média de países em desenvolvimento e outros da América Latina. A China e a Índia devem crescer, segundo previsões, 9% e 11% em 2021, respectivamente.

A Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) prevê um crescimento regional de 3,7% – com destaque para grandes reações de recuperação do Peru (9%), Panamá (5,5%) e Bolívia (5,1).