Ministro da Economia, Paulo Guedes.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, determinou a liquidação antecipada da dívida relativa à parcela do saldo devedor de dois contratos entre a União e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através de dois despachos publicados nesta sexta-feira (6/11) no Diário Oficial da União.
Guedes já havia anunciado a decisão durante seminário sobre a Medida Provisória da Liberdade Econômica.
Durante esta semana, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, anunciou que o BNDES pagará à União até o fim do mês mais R$ 30 bilhões ao Tesouro, elevando para R$ 123 bilhões o montante devolvido ao governo federal só este ano. Outros R$ 309 bilhões já foram antecipados nos anos anteriores.
O dinheiro devolvido ao Tesouro será utilizado exclusivamente para o pagamento de juros a bancos, aumentando a esterilização de recursos no mercado financeiro.
Esse é mais um lance para enfraquecer o BNDES, principal fonte de recursos para investimentos, especialmente da indústria de máquinas e equipamentos, papel que a instituição desempenhou desde sua criação em 1952.
Dados disponíveis no site do banco informam que no acumulado de janeiro a setembro o valor do crédito cedido pelo banco foi de R$ 38,012 bilhões, uma queda de 13% em relação aos R$ 43,569 bilhões do mesmo período de 2018. Talvez não chegue aos R$ 50 bilhões até o final do ano.
Muito menor do que os mais de R$ 150 milhões que o banco já teve capacidade de financiar e alavancar o investimento no país.