Em meio à campanha de mentiras sobre 'invasão da Ucrânia', Biden manda retirar a embaixada da capital Kiev

Em pleno ano de eleições intermediárias, o presidente Biden levou a sério a própria campanha de mentiras e provocações sobre a “invasão russa” da Ucrânia em “48 horas” e ordenou na segunda-feira (14) a transferência da embaixada dos EUA da capital Kiev para Lvov, quase na fronteira com a Polônia.

É que estava chegando “o dia 16”, suposta data da invasão, e Biden acabou achando ou querendo fazer achar que corria algum risco.

Já que o ramo do presidente Putin, como se sabe, é o judô, na terça-feira unidades das forças russas que participam dos exercícios conjuntos iniciaram a volta aos seus quartéis de origem na Crimeia e no oeste da Rússia. Outras unidades continuam os exercícios, que se encerrão no dia 20.

Há duas semanas, segundo a CNN, um telefonema de Biden ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky teria sido muito atritado, já que o chefe da Casa Branca lhe garantira que a invasão russa seria “praticamente certa quando o solo congelasse”, Kiev seria tomada e que o líder ucraniano deveria se “preparar para o impacto”.

Indo fundo nesse clima de insanidade geral, o Washington Post chegou a alardear, com base na ‘inteligência’ dos EUA, que a Rússia tomaria Kiev “em 48 horas”, provocando “50 mil civis mortos e cinco milhões de refugiados”.

“E a hora exata?”

Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a “loucura obsessiva” da mídia ocidental com a inexistente invasão tem levado o presidente Vladimir Putin a reagir com sarcasmo. Eles já marcaram “a hora exata” em que a guerra será desencadeada ?, pergunta Putin às vezes, segundo relato de Peskov.

A propósito, não são só os russos que vêem esse alarido de uma forma zombeteira. Até mesmo os ucranianos: quando o regime Biden anunciou a evacuação dos diplomatas norte-americanos “não essenciais”, uma “fonte do governo de Kiev” não identificada disse ao portal BuzzFeed que eles estariam “mais seguros em Kiev” do que “em cidades norte-americanas com alto nível de criminalidade, como Los Angeles”.