Em aberta provocação, Pelosi desembarcou em Taiwan ferindo o princípio de "Uma Só China"

“A chegada da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos a Taiwan expõe a visão hegemônica de Washington de que pode provocar sem freios e que o agredido não pode se opor ou se defender”, afirmou a porta-voz do Ministério do Exterior da China, Hua Chunying.

Hua destacou que o responsável pela agressão à soberania e integridade territorial da China é o governo de Joe Biden e ele próprio, rejeitando a tergiversação do secretário de Estado dos EUA Antony Blinken de que a decisão de Pelosi seria só dela.

A porta-voz destacou que o governo Biden deve assumir todas as consequências de um ato e que a chegada a Taiwan “em avião governamental não pode ser vista como um ato não oficial”.

A ida de Pelosi é uma ruptura com os comunicados conjuntos EUA-China pelos quais os Estados Unidos reconhecem a República Popular da China como única representante do povo chinês, princípios que agora o governo Biden “borra e ignora”.

Ela acrescenta que “muitas lideranças nos Estados Unidos e na comunidade internacional têm destacado o perigo destes movimentos que violam acordos já firmados”.

“Os Estados Unidos não quer tratar da base legal para a questão de Taiwan, passando por cima da lei internacional e dos comunicados China-EUA com argumentos que não fazem sentido”, declarou o especialista em Estudos dos EUA da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Lu Xiang.

“Eleva a venda de armas para Taiwan e manda navios de guerra provocativos ao Estreito de Taiwan e outras toneladas de exemplos de interferência hostil”, acrescenta Lu.

Em comunicado do Exército Popular da China, foi denunciado que “os Estados Unidos têm criado obstáculos à reunificação da China e têm ameaçado de forma crescente o desenvolvimento pacífico da região Ásia-Pacífico”.

No seu 95º aniversário, o Exército Popular destaca que “um país precisa de uma forte capacidade militar para trazer segurança, o que se tornou forte consenso no povo chinês”.

“Este ano as Forças Armadas enfrentam uma situação especial: a visita da porta-voz Nancy Pelosi à ilha de Taiwan é uma séria provocação contra a China. Ao receber a tarefa de garantir o poder de dissuasão e as contramedidas, o Exército Popular de Libertação ganhou o respeito de centenas de milhões de integrantes do povo chinês”.