Demissões Bradesco | Foto: Nando Neves - Sindicato dos Bancários/SP

Bancários protestaram em várias regiões de São Paulo esta semana, após o Bradesco demitir mais de 500 funcionários em todo o país – a maioria na Grande São Paulo -, e anunciar que vai continuar com os cortes.

Segundo o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, as demissões aconteceram em diversos departamentos, como nas áreas de recursos humanos, e também nas agências.

“O banco assumiu um compromisso de que não haveria demissões, mas voltou atrás. E, além disso, ainda anunciou o fechamento de 500 agências”, afirmou o diretor do sindicato Thiago Lopes.

Para Lopes, não há justificativa para essas demissões em plena pandemia, já que “o banco lucrou R$7,6 bilhões no primeiro semestre de 2020”.

No protesto que reuniu bancários portando faixas e cartazes na quarta-feira (14), no centro de São Paulo, o dirigente sindical afirmou que a luta vai continuar cada vez mais forte. “Não vamos nos calar e vamos continuar nas ruas e nas redes protestando e dizendo para o banco: não às demissões!”

Para a secretária-geral do sindicato, Neiva Ribeiro, “além da demissão de pais e mães de família, precisamos informar aos clientes que eles serão prejudicados com o fechamento de agências e sem trabalhadores para prestarem um serviço de qualidade. Também é preciso conversar com os comerciantes, pois eles também serão prejudicados. Fechando agências próximas, o comércio deixará de ganhar sem uma economia local. Com isso, todos perdem”, afirmou.

Assim como o Bradesco, Itaú e Santander, mesmo lucrando em meio à crise econômica e sanitária, já demitiram durante esse período e anunciaram novos cortes.
Levantamento do sindicato indica que desde o início da pandemia, ao menos 2.000 bancários foram demitidos em cerca de 12 bancos.