Autor do atentado contra o Porta dos Fundos é extraditado pela Rússia
Eduardo Fauzi, responsável pelo atentado contra a sede do grupo Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro, foi extraditado da Rússia de volta para o Brasil e ficará no presídio de Benfica, na Zona Norte da cidade.
Em dezembro de 2019, Fauzi jogou um coquetel molotov, uma bomba incendiária caseira, dentro da sede da produtora e fugiu, nos dias seguintes, para a Rússia.
Ele cometeu o atentado por conta de uma produção especial de Natal do Porta dos Fundos que retrata Jesus, interpretado por Gregório Duvivier, como gay.
Eduardo Fauzi teve seu nome incluído na lista da Interpol e foi preso na Rússia em setembro de 2020. O criminoso chegou a pedir asilo político no país, o que foi negado.
Fauzi agiu junto com mais quatro pessoas, mas foi o único cujo rosto flagrado pelas câmeras de segurança.
Na quinta-feira (3), Eduardo Fauzi foi conduzido por policiais brasileiros que integram a Interpol de volta para o Brasil, onde seguirá preso pelo ataque à produtora.
Ele tem doze passagens pela Polícia e é investigado por ameaça, lesão corporal e formação de quadrilha. Em 2013, Fauzi agrediu fisicamente o então secretário da Ordem Pública do Rio de Janeiro.
O blogueiro Allan dos Santos, que teve sua prisão e extradição (já que está nos EUA) decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em outubro de 2021, está sendo protegido pelo governo Bolsonaro para não ser punido por seus crimes.
Mesmo depois de cinco meses da decisão de Moraes, o nome de Allan dos Santos não foi incluído na lista de Difusão Vermelha da Interpol e o Ministério da Justiça não pediu a extradição para o governo dos Estados Unidos.
Para proteger seu aliado, que era encarregado por produzir e disseminar mentiras sobre os opositores do governo e atacar as instituições democráticas, Jair Bolsonaro ordenou que todos os processos para a extradição fossem paralisados.
Assim, uma delegada da PF que atuava na Interpol e era responsável pelo caso de Allan dos Santos, Dominique de Castro Oliveira, foi transferida para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal.
Ela já tinha revisado os documentos, produzido a minuta e pedido a inclusão de Allan na lista de difusão vermelha da Interpol. Com sua saída, o processo foi interrompido.
Silvia Amélia Fonseca de Oliveira, que era diretora de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça, foi demitida logo depois de ter encaminhado o pedido de extradição.