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Uma audiência pública contra a privatização da Eletrobrás lotou o plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na sexta-feira (13).
O ato, promovido por sindicatos e entidades de trabalhadores do setor elétrico, reuniu parlamentares da bancada federal do Rio, entre eles os deputados Alessandro Molon (PSB), Jandira Feghali (PCdoB), Glauber Braga (PSol) e Marcelo Freixo (PSol), e os deputados estaduais Waldeck Carneiro (PT), Max Lemos (MDB), Carlos Minc (PSB) e Eliomar Coelho (PSol).
Servidores dos Correios e de outras estatais incluídas na lista de privatizações do governo Bolsonaro também marcaram presença no ato.
Para a deputada Jandira Feghali, “só um governo de joelhos é capaz de colocar à venda empresas estratégicas e lucrativas”.
O representante do Instituto Ilumina, Agenor Oliveira, argumentou que o país já privatizou 65% da geração de energia, 53% da transmissão e 90% da distribuição e que “nada melhorou”. Segundo ele, o que tem acontecido é exatamente o contrário: “Com a mercantilização da energia conseguimos a perda de eficiência. Estamos insistindo nos mesmos erros, brigando com números.”
“Não melhorou a qualidade, não melhorou o preço, e as empresas foram desmontadas”, disse.
“Qual o país que tem uma planta energética tão baseada na hidroeletricidade como o nosso que tenha privatizado o sistema? Nenhum fez isso. Os Estados Unidos não fizeram. E aqui também não se fará. O povo brasileiro está ao nosso lado. Precisamos da energia das pessoas para que, ao nosso lado, protejam nosso patrimônio para o passo que vamos dar à frente. Para um projeto de desenvolvimento nacional é preciso preservar essas empresas”, afirmou o líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB).

Para o representante da Federação Nacional dos Urbanitários, Gustavo Teixeira, as estatais são estratégicas e funcionam como instrumento de execução de políticas econômicas. Segundo ele, depois da crise de 2008, essas empresas sustentaram a economia. “São instrumentos que funcionam com caráter contracíclico em momentos como o que estamos passando. A política da Eletrobrás foi exitosa. Fez investimentos e participou das grandes obras estruturantes do setor, como Belo Monte, Jirau e Santo Antônio.”
O deputado Glauber Braga (PSol) ressaltou que a Eletrobrás é responsável por 30% da energia gerada no país, e que a privatização representaria alta de preços e controle dos mercados internacionais.