Mesa da Conferência de Combate ao Racismo do PCdoB. Fotos: @uiseepitacio

Salvador foi sede, na noite desta sexta-feira (4), da abertura da 1ª Conferência Nacional de Combate ao Racismo do PCdoB. O encontro reuniu cerca de 500 pessoas, entre delegados e delegadas, eleitos a partir de 24 conferências que ocorreram nos estados, além de militantes e representantes de movimentos sociais no Hotel Fiesta e participantes, via Zoom, para debater sobre a luta antirracista. “Essa conferência é um brinde a essa luta que é estruturante”, afirmou a presidenta nacional do PCdoB, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em pronunciamento virtual.

O ato de abertura, o ato político e o pronunciamento da presidenta foram transmitidos ao vivo pelas redes sociais do PCdoB e parceiros. Na ocasião, Luciana Santos comentou a importância do estudo teórico como base da luta antirracista do partido. “Vou focar no caderno de teses, porque acho que ele instrui e contribui com o acúmulo teórico da militância, para entender esse fenômeno que impacta na vida de todo brasileiro”, afirmou a ministra, acrescentando ainda que o PCdoB tem compromisso com a agenda nacional do desenvolvimento, que só é possível tratar com a luta antirracista.

Fala da presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos na abertura da Conferência. Foto: Uise Epitacio

O texto, explorado por Luciana, tem o objetivo atualizar a política do partido, teoricamente e organizativamente, sobre o combate ao racismo, além de unificar o partido nesta linha de atuação. “O PCdoB tem compromisso com a agenda nacional do desenvolvimento e nessa conferência, a primeira, é bom que se diga, com esse debate que está no estatuto do PCdoB, é, portanto, uma obrigação. E nossa conferência se dá num contexto de retomada, com o governo Lula, uma vitória que teve no DNA uma elaboração tática do partido”, diz. “Nossa batalha continua, para restaurar a democracia, garantir a vida digna do povo, com a recuperação de economia, geração de emprego e renda, políticas públicas”, continua.

Deputada Jandira Feghali

Em participação virtual, a líder da bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (RJ), vice-presidenta nacional da legenda, afirmou o orgulho da realização da primeira conferência antirracista. “Depois dessa, ninguém poderá deixar de reconhecer a importância dessa luta. A luta antirracista é contra a opressão cruzada com a luta de classe e de gênero. E deveremos fazer com que todo o partido se una nessa luta antirracista e tenham compreensão de que precisamos avançar ainda mais nessa batalha”, disse a parlamentar.

Para a secretária Nacional de Combate ao Racismo do PCdoB, deputada estadual Olívia Santana (BA), o PCdoB dá um passo muito importante para a vida partidária. “Essa conferência é um marco na história do nosso partido, que festejou seu centenário ano passado. Acontece num novo contexto nesse país, quando vencemos a eleição de 2022, derrotamos o neofascismo e conseguimos eleger Lula”, afirmou Olívia. Ainda segundo a parlamentar, esse é um momento vitorioso, que tem as marcas de toda a militância do PCdoB no campo democrático.

Olívia Santana, primeira deputada estadual negra da Bahia é secretária nacional de combate ao racismo do PCdoB e dirigiu a mesa da abertura da Conferência.

Compondo a mesa de abertura do encontro, também esteve presente a secretária de Promoção da Igualdade Racial do governo da Bahia, Ângela Guimarães, que, inicialmente, saudou a mesa “hiper representativa”. “Essa conferência se reveste de importância por muitos fatores. Um deles, pelo momento de ascensão do presidente Lula, derrota da extrema direita e reclame de muitos anos de nosso partido, que se organiza nessa luta há muito tempo”, afirma a secretária, acrescentando a importância de “armar teórica e politicamente o conjunto dos quadros e militâncias para fazer o enfrentamento do capitalismo e racismo”.

Também compuseram a mesa, Edson França, secretário adjunto da Secretaria Nacional de Organização do PCdoB e presidente nacional da Unegro; Davidson Magalhães, presidente do PCdoB da Bahia; do secretário de Combate ao Racismo do PCdoB do Maranhão, Gerson Pinheiro; da vereadora da Campina Grande (PB), Jô Oliveira; da deputada federal Alice Portugal (BA); do secretário executivo da Federação Indígena Pataxó e Tupinambá, Kâhu Pataxó; da vereadora de Alagoinhas, Juci Cardoso; o vereador de Salvador Helio Ferreira; O coordenador nacional da Associação de Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC), Aldo Arantes; o secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas e da deputada estadual do Rio Grande do Sul, Bruna Rodrigues.

Fizeram uma saudação virtual na Conferência, a deputada federal, Daiana Santos (RS) que falou do momento histórico que o partido vive ao realizar essa primeira conferência e também parabenizou o PCdoB por investir na eleição de mulheres negras como ela que foi eleita para a Câmara Federal, e Bruna Rodrigues, para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul nas eleições passadas. O deputado federal Daniel Almeida também saudou a realização do evento e contou que foi autor da lei que criou em 21 de janeiro como Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, sancionado pela Lei n. 11.635, de 2007,

Também fez uma saudação, virtualmente, a primeira mulher trans e negra eleita deputada estadual do Rio de Janeiro, Dani Balbi. Ela ressaltou que o processo da conferência que debateu o documento mobilizou todo o coletivo partidário desde as bases até chegar neste grande momento da plenária nacional.

A abertura do evento contou com uma apresentação indígena e atrações artísticas locais.

A primeira Conferência Nacional de Combate ao Racismo segue presencialmente e online no sábado (5), a partir das 9 horas; e, no próximo sábado, dia 12, de forma virtual.

O evento foi transmitido ao vivo. Confira: