Vacina Sputnik V é aplicada na Argentina

O estudo específico realizado na Argentina confirma que a imunidade gerada pela vacina Sputnik V também é capaz de neutralizar a cepa brasileira do novo coronavírus, conhecida como a variante de Manaus.

A pesquisa informa que já com a primeira dose se obtém um grau elevado de resposta imune (85,55% produzem antígenos 14 dias após da primeira dose). Com 42 dias após a segunda dose, a defesa gerada protege 99,65% dos vacinados.

O trabalho foi realizado no Instituto de Virologia da Universidade Nacional de Córdoba, informa o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF) patrocinador da Sputnik V.

A vacina russa já está registrada em 66 países com uma população de 3,2 bilhões de pessoas. Estudos realizado após vacinação colocam a Sputnik V entre as mais eficazes oferecidas em todo o mundo.

“O estudo levado a efeito na Argentina confirmou a alta eficácia da vacina Sputnik V contra variantes do coronavírus. A Argentina foi o primeiro país da América Latina a começar a vacina sua população com a Sputnik V”, afirma o presidente do RDIF, Kirill Dmitriev.

A vacina russa apresentou 97,6% de eficácia com base na análise de dados de taxa percentual de infectados obtida entre os russos vacinados de 5 de dezembro de 2020 a 31 de março de 2021. A temperatura de armazenamento de 2 a 8 ºC é uma das vantagens da vacina que trabalha com vetores de adenovírus humanos inativados e não replicantes. A tecnologia utilizada nesta vacina já é de longa tradição na produção de outras vacinas bem-sucedidas pela Rússia.

Até aqui a Anvisa tem negado o pedido de autorização, inclusive o realizado por governos de 14 Estados brasileiros, para importação emergencial que traria ao país um volume inicial de 30 milhões de doses da vacina sob o argumento não comprovado de que os adenovírus da Sputnik V teriam capacidade de replicação, o que é negado com veemência pelos seus produtores, com base em estudos realizados após a aplicação do imunizante.