Argentina negocia com o Butantan aquisição da vacina Coronavac
O ministro da saúde argentino, Gonzáles García, anunciou que o país vizinho está em negociações para importar a vacina Coronovac. Para isso, tem adiantado contatos com o Instituto Butantan, em São Paulo.
O ministro destaca que as negociações ocorrem com o Brasil, pois o país tem a capacitação para a produção da Coronavac, a partir dos insumos enviados pela empresa chinesa, que a desenvolve, a Sinovac. As informações até o momento são de que serão enviadas pelo Butantan um total de 10 milhões de doses, com a previsão de 1 milhão já para janeiro.
A confiança do ministro também se expressou na declaração de que “o Brasil se tornou o principal fornecedor de vacinas contra a gripe do Hemisfério Sul”.
Para ele, é necessário acelerar o processo de aquisição de vacinas: “Queremos ter todos os fornecedores, pois há um drama no mundo hoje, não há vacinas suficientes, e algumas vacinas são difíceis de manipular, precisamos continuar expandindo vacinas, buscando as condições para a imunização da população o mais rápido possível”.
González Garcia relata ainda que o avião da Aerolineas Argentinas partirá, no dia 14, às 8:35 h, em direção a Moscou em busca do segundo lote da Sputnik V e que o vôo retornará no dia 15 com a carga de 20 milhões de doses da vacina.
Segundo o ministro, no final de março será fabricada “uma quantidade importante da vacina AstraZeneca”, já em solo argentino e que será adicionada a essas doses da Rússia e, posteriormente, às negociadas com o Brasil.
Também está em curso uma negociação com a China para a aquisição de vacinas produzidas por outro laboratório, o Sinopharm. “Estamos negociando com a China um milhão de doses ainda para este mês”, que começarão a chegar nas próximas semanas, reiterando que “as negociações continuam” em relação a outros fornecedores, como a Pfizer.
Já foram vacinados até o momento cerca de 100 mil argentinos, o que torna a Argentina “o país que mais vacinou em toda a América Latina”, diz o ministro.