Centrais nucleares do Complexo de Atucha, já em funcionamento

Argentina e China assinaram, na quarta-feira (02), um contrato para a construção da quarta usina nuclear no país sul-americano, Atucha III, com um investimento de 8,3 bilhões de dólares, segundo fontes oficiais.

O contrato entre as estatais Nucleoeléctrica Argentina (NA-SA) e a National Nuclear Corporation of China (CNNC) foi assinado por José Luis Antúnez, diretor da empresa argentina, e pelo presidente da empresa chinesa, Yu Jianfeng.

Segundo Antúnez, a Atucha III permitirá “aumentar o abastecimento da demanda de eletricidade com energia de base, limpa, segura e sustentável, e combater os efeitos das mudanças climáticas que afetam o planeta”.

A nova usina terá uma potência de geração bruta de energia de 1.200 megawatts/hora, ficará instalada no Complexo Nuclear de Atucha, na cidade de Lima, província de Buenos Aires, e terá uma vida útil inicial de 60 anos, de acordo com o governador Axel Kicillof, também presente no ato de assinatura do contrato.

A usina nuclear utilizará mecanismos tecnológicos avançados, a começar pela instalação de um reator tipo HPR-1000, alimentado por urânio enriquecido e resfriado por água leve.

A Argentina instalou em 1974 a primeira usina nuclear da América Latina. Atualmente, operam três (Atucha I e II, também em Lima, e Embalse, na província de Córdoba), que produzem 7,5% da eletricidade utilizada no país.

As obras de construção vão criar mais de 7.000 postos de trabalho, prevendo o contrato a integração de cerca de 40% de fornecedores nacionais.