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Os inimigos da ciência – nos EUA e também no Brasil – não sabem onde enfiar as suas caixinhas de cloroquina. Até agora, Donald Trump, o demagogo ianque, não explicou porque pegou a tal “gripezinha” e não utilizou o famoso medicamento – que virou peça de propaganda para os fascistas de vários países, incluindo o Brasil.

Por Altamiro Borges*

Até os médicos da Casa Branca se negaram a responder à dúvida que atormenta os negacionistas do mundo inteiro. Segundo notinha do UOL, “questionado por uma jornalista, o médico da Casa Branca, Sean Conley, se recusou a dizer por que o presidente Trump não está tomando hidroxicloroquina para tratar a Covid-19”.

Ainda segundo o site, “Trump sempre foi um defensor do medicamento, que não tem eficácia comprovada contra o coronavírus”. O médico também se negou a falar sobre o estado clínico dos pulmões (normalmente os mais afetados pela infecção) do valentão ianque. Haja mistérios!

Como ironizou Marcelo Leite na Folha, “assim como Jair Bolsonaro, Trump dedicou muitos meses decisivos a minimizar a pandemia, menosprezar centenas de milhares de mortes de compatriotas e fazer propaganda da cloroquina. Mas na hora do aperto, aquela em que a realidade o reduziu à insignificância mortal, ele correu para os braços da ciência” – e fugiu da cloroquina.

Os mistérios da Casa Branca

O fascista também fugiu da verdade – o que já é um traço da sua personalidade. Há inúmeros mistérios na sua hospitalização. Só após muita pressão, os médicos responsáveis pelo tratamento “reconheceram que ele precisou receber oxigênio” e foi “tratado com um medicamento usado em casos graves” – segundo relato da BBC News, que complementou:

“Trump tem 74 anos e é obeso, dois fatores de risco da doença causada pelo novo coronavírus. Também se sabe agora que ele teve sintomas preocupantes”. O uso de oxigênio suplementar “ocorre quando o estado de um paciente se agrava e o nível de oxigenação cai, um sinal de que ele tem um problema respiratório”.

Para quem se recusava a usar máscara e dizia que a Covid era uma “gripezinha” – imbecilidades repetidas por seu vira-lata sarnento no Brasil –, o caso parece que foi grave. A conferir como o chefão do império irá se comportar nos próximos dias decisivos para sua campanha pela reeleição.

 

Altamiro Borges* é jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e membro do Comitê Central do PCdoB.

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