Além de participar de protestos antidemocráticos, Bolsonaro põe população em risco ao não usar máscara

Nesta segunda-feira (15), Abraham Weintraub, o olavete prestes a ser defecado do Ministério da Educação, foi autuado por não usar máscaras em um ato fascista em Brasília. Segundo Mônica Bergamo, da Folha, a multa foi de R$ 2 mil – já que a máscara é obrigatória no Distrito Federal desde 18 de maio.

Por Altamiro Borges*

O “imprecionante” panaca da Educação foi a terceira pessoa a ser multada por falta de uso de máscaras. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), bem que poderia ser mais rigoroso na aplicação dessa lei e autuar também o “capetão” Jair Bolsonaro, que vive provocando tumultos em Brasília sem usar a máscara.

Como registra uma notinha da Época, “a mesma lei do Distrito Federal que gerou na segunda-feira uma multa a Abraham Weintraub, por não ter usado no domingo máscara de proteção contra o coronavírus, ao participar de um protesto na Esplanada, deveria se aplicar a Jair Bolsonaro”.

“Bolsonaro participou de protestos públicos sem a máscara de proteção nos dias 24 e 31 de maio. No dia 24, segurou uma criança no colo. No dia 31, montou a cavalo na Esplanada… A lei do DF não exclui o presidente da República do rol de quem deve segui-la”, ironiza a revista. Multa o fascistão, Ibaneis!

A filha rebelde do filósofo de orifícios

No show de horrores em que se transformou o Brasil, outros dois registros curiosos. A mesma revista Época informa que o filósofo de orifícios Olavo de Carvalho não conseguiu doutrinar sua própria filha. “A professora Heloísa de Carvalho tem trabalhado voluntariamente no movimento Mulheres derrubam Bolsonaro”.

A filha de Olavo de Carvalho, guru do clã presidencial, é enfática: “É óbvio que Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal. Quando se deve, se teme. Além disso, esse governo é preconceituoso e anti-educação. É tudo o que sempre fui contra”.

Moro virou “um pedação de plástico murcho”

Já o UOL traz uma instigante entrevista com o advogado Marcelo Nobre, que integrou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Contra a cavalgada fascista de Bolsonaro, ele faz uma apaixonada defesa da democracia – relembrando seu pai, Freitas Nobre, um dos ícones da luta contra a ditadura militar.

Num dos trechos, ele detona o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, um dos maiores culpados pelo caos no país. “Quem ajudou a catapultar o Bolsonaro à Presidência foram os protagonistas da Lava Jato. Eles caminhavam como um partido rumo ao poder, mas foram abatidos em pleno voo, pela própria criatura… Moro se transformou em uma pessoa desempregada, rejeitada e ignorada pela mídia”.

“De um enorme boneco do super-homem na Praça dos Três Poderes em Brasília, reverenciado por uma multidão, [Moro] virou um pedaço de plástico murcho e contorcido, jogado em alguma lata de lixo sem a existência de algum ar que possa inflá-lo novamente”. Boa síntese da Marcelo Nobre.

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